Venda de combustíveis em Minas Gerais cresce 16,6% em janeiro

A venda de combustíveis pelas distribuidoras, em Minas Gerais, iniciou o ano com resultado positivo. Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as negociações cresceram 16,6% em janeiro de 2024 ante o mesmo mês do ano anterior. Ao todo, foram 1,34 bilhão de litros comercializados. A alta foi puxada, principalmente, pela maior demanda pelo etanol, cujo consumo foi ampliado em 98,5% no primeiro mês do ano.
No mesmo período, também foi destaque a comercialização de diesel, o combustível mais vendido no Estado. Houve um aumento de 15,7% no período. Enquanto isso, as vendas de gasolina recuaram 2,6%.
Os dados da ANP mostram que as vendas de etanol hidratado avançaram 98,5%, somando, assim, 215,1 mil metros cúbicos ante os 108,4 mil metros cúbicos registrados no primeiro mês de 2023. Já na comparação com dezembro, quando as vendas chegaram a 235 mil metros cúbicos, o volume recuou 8,44%.
A maior oferta do etanol hidratado, combinado com os preços mais competitivos que os da gasolina, justificam o crescimento do uso do biocombustível. A maior produção é resultado de uma safra alta de cana-de-açúcar. Conforme os dados da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), a moagem da safra 2023/24 pode superar 76 milhões de toneladas de cana, o que seria um volume recorde para o Estado.
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A produção de etanol hidratado, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), está estimada em 1,69 bilhão de litros. O resultado está 18% superior, com a produção maior em 259,4 mil litros frente à safra anterior.
“Nós tivemos a continuação do que ocorreu no final do ano passado, ou seja, são alguns meses consecutivos com uma boa relação de preço para o etanol, em torno de 62% na bomba. Isso está fazendo com que o consumidor abasteça, proporcionalmente quando comparado com gasolina, cada vez mais, com etanol”, diz o presidente do Siamig, Mário Campos
O executivo destaca que o setor recuperou parte do mercado perdido nos últimos ano ao atingir a participação de 29% em janeiro. Por outro lado, Campos aponta que índice ainda é inferior aos recordes registrados no passado, quando o market share chegou a atingir 37%.
A expectativa do presidente do Siamig é que a relação de preço entre etanol e gasolina continue e a participação do etanol no consumo de combustíveis em Minas Gerais continue a crescer.
Demanda por diesel sobe 15,7%, enquanto demais combustíveis em Minas Gerais registram queda
Quanto às negociações de diesel, combustível mais consumido em Minas Gerais, em janeiro, foi verificado aumento de 15,7% na demanda, somando, então, 617,9 mil metros cúbicos. Já na comparação com dezembro, quando as vendas somaram 653 mil metros cúbicos, a venda de diesel caiu 5,38%.
Conforme os dados da ANP, a comercialização da gasolina caiu. A venda do combustível fóssil, em janeiro, chegou a 372,4 mil metros cúbicos, resultando então, em uma retração de 2,6% quando comparado com os 382,4 mil metros cúbicos registrados em igual mês de 2023. Na comparação com o mês imediatamente anterior, quando a comercialização chegou a 420,5 mil metros cúbicos, a queda ficou em 11,4%.
No Estado, outro combustível que registrou queda nas vendas foi o querosene de aviação. A comercialização somou 11,09 mil metros cúbicos, uma retração de 10,18% frente a janeiro de 2023. Na comparação com dezembro, quando o consumo foi de 14,6 mil metros cúbicos, a queda ficou em 24,54%.
Produção Regap
Em janeiro, conforme os dados da ANP, a produção de derivados de petróleo na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), recuou 3,6%, somando, assim, 694,4 mil metros cúbicos contra os 720,6 mil metros cúbicos registrados em janeiro de 2023.
Em relação a dezembro, quando o processamento de combustíveis fósseis na refinaria somou 745,4 mil metros cúbicos, a queda ficou em 6,8%.
Dentre os principais produtos, o volume de gasolina A produzido pela Regap totalizou 184 mil metros cúbicos em janeiro, 16,2%. Em comparação com a quantidade de dezembro (194,8 mil metros cúbicos), a retração ficou em 5,5%.
Quanto ao óleo diesel, a produção na Regap chegou a 302 mil metros cúbicos no mês, representando, assim, um recuo de 2,7% na comparação com janeiro de 2023. Frente ao mês imediatamente anterior, o recuo foi de 3,13%.
Quedas também na produção de asfalto – 3,4% – com um volume de 29,7 mil metros cúbicos produzidos em janeiro. A produção de querosene de aviação somou 47,3 mil metros cúbicos, representando, então, uma queda de 6,6% frente a janeiro de 2023.
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