Economia

Fevereiro deve aquecer vendas do comércio para volta às aulas

Férias de janeiro fazem famílias adiarem as compras para fevereiro
Fevereiro deve aquecer vendas do comércio para volta às aulas
Foto: Adobe Stock

Fevereiro promete ser um mês de bons negócios para os comerciantes que vendem itens escolares para a volta às aulas. É o que mostra levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) divulgado nesta quinta-feira (15).

A maioria dos empresários do comércio varejista entrevistados (48,1%) disse que o movimento maior de clientes estava previsto para o começo deste mês no Estado, enquanto que 21,8% apostava em um fluxo mais expressivo na segunda quinzena de janeiro.

A economista da entidade, Gabriela Martins, explica que o maior movimento dos consumidores em fevereiro na comparação com o primeiro mês do ano pode estar atrelado ao período de férias, caracterizado pelas viagens familiares, fazendo que as compras sejam postergadas justamente para fevereiro.

Além disso, o orçamento familiar fica comprometido com o pagamento dos impostos devidos em janeiro, fazendo com que alguns gastos sejam adiados para o segundo mês do ano.

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“Com o alto endividamento notado entre as famílias, muitos consumidores acabam optando pelo uso do crédito para suprir suas demandas. Com o período caracterizado pela volta às aulas, este processo não é diferente. O uso do cartão de crédito parcelado, por exemplo, permite realizar compras sem comprometer grande parte dos rendimentos mensais. Apesar disso, é essencial que as famílias possuam um bom planejamento financeiro para que as dívidas não saiam do controle”, diz.

A pesquisa “Volta às Aulas 2024 – Opinião do Comércio Varejista de Minas Gerais”, elaborada pelo Núcleo de Inteligência & Pesquisa da entidade, também mostrou que a maior parte dos empresários dos setor (26,9%) disse que as vendas do período do volta às aulas em relação ao ano anterior não tiveram impacto e 25,9% que foram iguais ao desempenho verificado em 2023.

Para 24,4%, a perspectiva é de vendas piores no período do volta às aulas este ano. Entre os motivos citados, o principal são os valores altos dos produtos (30,9%), seguido do endividamento do consumidor (22,3%) e a cautela do consumidor (20,2%).

E para 21,5% dos comerciantes entrevistados, as vendas voltadas para o volta às aulas em relação a 2023 estão sendo melhores, percentual menor do que o observado no ano anterior (28,2%). Os principais motivos para este resultado são o aquecimento do comércio (49,4%), seguido de ações da loja (30,1%) e otimismo/esperança (14,5%).

Estratégias de vendas do comércio

O levantamento também mostrou que os empresários utilizam de diferentes meios para atrair os clientes no período do volta às aulas, sendo o principal as promoções e/ou liquidações (46,0%).

Além disso, os comerciantes também investiram em propaganda/divulgação (27,4%) e atendimento diferenciado (15,54%). Para atender melhor o aumento da demanda, 22,5% dos empresários disseram que pretendem contratar funcionários temporários.

Para 55,4% das empresas, o gasto médio com as compras de materiais escolares variou de R$ 100 a R$ 300. O principal meio de pagamento utilizado no período pelas famílias foi o cartão de crédito, modalidade que se destacou em 72,3% das empresas.

Como foi feita a pesquisa

O levantamento da Fecomércio MG é do tipo survey telefônico, baseado em empresas do comércio varejista de Minas Gerais que trabalham com vendas de itens da lista de material escolar, incluindo: papelarias e livrarias; mercados, supermercados e hipermercados; lojas de departamento, magazine e multicoisas.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 de janeiro e 07 de fevereiro deste ano. Foram avaliadas 390 empresas, sendo pelo menos 38 em cada região de planejamento (Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Zona da Mata, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas e Triângulo). A amostra avaliada perfaz uma margem de erro da ordem de 5,0%, a um intervalo de confiança de 95%.

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