Vendas de apartamentos crescem em BH

Apesar da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, as vendas de apartamentos novos em Belo Horizonte e Nova Lima cresceram 14,62% entre janeiro abril na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, de acordo com dados do Censo do Mercado Imobiliário de Belo Horizonte e Nova Lima, divulgado na sexta-feira.
A pesquisa é realizada mensalmente pela Brain Consultoria para o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, foram comercializadas 1.090 unidades habitacionais, contra 951 apartamentos entre janeiro e abril do exercício passado.
Nessa mesma base de comparação, os lançamentos apresentaram incremento superior a 100%. Chama a atenção o forte recuo da oferta (-7,75%), o que contribui para justificar a elevação nos preços no período.
Mensal – As vendas de apartamentos novos com padrão standard (de R$ 215 mil a R$ 400 mil) e padrão médio (de R$ 400 mil até R$ 700 mil) se destacaram no mês de abril.
Foram vendidos 109 apartamentos de padrão standard. Já no padrão médio, foram comercializadas 39 unidades
Em relação ao mês de março, as vendas do padrão standard aumentaram 19,78% e as de imóveis no padrão médio cresceram 5,41%. O vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Renato Michel, explica que, “apesar do recuo no total das vendas, é positiva a sinalização de que o mercado imobiliário continua mantendo suas atividades e que as condições de financiamento podem estar contribuindo para que os compradores de imóveis realizem o sonho da casa própria”.
No total, as vendas de apartamentos, como já era aguardado, tiveram redução de 27,1% em abril na comparação com o mês anterior. Foram 201 unidades comercializadas no quarto mês do ano contra 276 em março. Vale lembrar que abril foi o primeiro mês em que se observou o impacto total da crise na economia, em função da pandemia de Covid-19.
“Em um cenário totalmente debilitado, a retração dos lançamentos em abril foi mais intensa do que a observada nas vendas. Foi o primeiro impacto diante da pandemia”, explica. Assim, enquanto em março os lançamentos residenciais totalizaram 484 unidades, foram 126 em abril, o que correspondeu a um recuo de 74%. Vale destacar que, em março, o número de lançamentos foi o maior desde outubro de 2019.
Em abril, as vendas voltaram a superar os lançamentos e, com isso, a oferta voltou a ficar abaixo de 3.500 unidades, um patamar que é considerado muito baixo. No quarto mês do ano, o preço médio por m² das unidades residenciais vendidas registrou alta de 1,3%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou queda de 0,31%. Em relação a abril de 2019, os apartamentos apresentaram elevação de preços de 4,37%. No mesmo período, o IPCA aumentou 2,40%. (Da Redação)
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