Economia

Vendas de apartamentos e casas residenciais sobem 14% em BH

Pesquisa também mostrou que o valor médio do metro quadrado dos apartamentos vendidos em Belo Horizonte no primeiro semestre deste ano foi de R$ 11.325
Vendas de apartamentos e casas residenciais sobem 14% em BH

O mercado imobiliário de Belo Horizonte vendeu 10.750 unidades de apartamentos e casas residenciais de janeiro a junho deste ano. Esse volume indica um crescimento de 14% em comparação ao que foi comercializado no primeiro semestre do ano passado (9.303). 

Os números do setor foram apresentados nesta quarta-feira pela Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG). O levantamento foi realizado pela Brain Inteligência Estratégica, a partir de dados do instituto Data Secovi. 

Apesar do relevante resultado de vendas no segmento residencial, que representa, em média, 92% das unidades negociadas na Capital, houve quase uma estabilidade no total de comercializações. Ao incluir loteamento e imóveis comerciais, foram 12.163 unidades vendidas, uma leve alta de 2% se comparado ao que foi comercializado no mesmo período do exercício anterior (11.974).

Além desses dados, a pesquisa também mostrou que 44,6% dos apartamentos vendidos foram do standard (valor do teto do imóvel do Minha Casa, Minha Vida até R$ 500 mil). Essa foi a maior participação da categoria no volume de vendas na história do estudo, iniciado em 2019. 

Na sequência, ficaram: médio (entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão), com 23,4%, econômico (até o teto do MCMV), com 22,3%, alto (entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão), com 5,9%, luxo (entre R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões), com 3,2%, e super luxo (acima de R$ 3 milhões), com 0,6%.

O padrão standard também se destacou quando analisado as comercializações de casas, com 40,5% de participação. As categorias: médio (30,3%), econômico (13,6%), alto (7,7%), luxo (6,5%) e super luxo (1,4%) vieram na sequência do ranking de unidades vendidas.

Preço dos apartamentos e casas caem no período

Ainda conforme o levantamento, o valor médio do metro quadrado dos apartamentos vendidos em Belo Horizonte no primeiro semestre deste ano foi de R$ 11.325, um recuo de 3,7% frente à média do m² negociada no mesmo intervalo do ano passado (R$ 11.544). Já o preço médio do m² das casas residenciais foi de R$ 4.560, o que também mostra uma queda, de 11,4% (R$ 5.145). 

Conforme o diretor de Estatística e Pesquisa de Mercado do CMI/Secovi-MG, Leonardo de Bessas Matos, essa retração de valores não representa a realidade do mercado. Segundo o sócio da Brain Inteligência Estratégica, Guilherme Werner, em um cenário atual de baixa oferta de imóveis na Capital e alta no preço de insumos visto nos últimos anos, há indicativos de subida. 

Belvedere e Funcionários lideram ranking de imóveis mais caros

No período de janeiro e junho de 2023, o maior valor por m² privativo de apartamentos nos bairros da cidade foi observado no Belvedere (R$ 26.655/m²), seguido por Santa Lucia (R$ 16.110/m²) e Anchieta (R$ 15.066/m²). Enquanto as áreas com os menores preços por m² foram: Canaã (R$ 2.322/m²), Ribeiro de Abreu (R$ 3.035/m²) e Solimões (R$ 3.068/m²).

Com relação ao valor por m² de casas, a liderança ficou com o bairro Funcionários (R$ 12.666/m²), seguido por Mangabeiras (R$ 12.630/m²) e Cidade Jardim (R$ 11.447/m²). Já os menores preços do primeiro semestre foram vistos na Vila Vista Alegre (R$ 1.283/m²), Casa Branca (R$ 2.089/m²) e Conjunto Taquaril (R$ 2.266/m²). 

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas