Vendas de chope chegam a crescer 80%

O brinde da meia-noite para celebrar o Ano Novo até pode ser com espumante e champanhe, mas a bebida que dará o tom das festas é o chope. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas-MG), Marco Falcone, o número de pedidos da bebida em 2021 “foi impressionante e demandou investimentos de grande parte do segmento, pois quando o cliente pede o chope, a empresa empresta a chopeira”. Ou seja, foi necessário investir na produção de chopeiras para atender pedidos de entrega para as festas de fim de ano em Belo Horizonte.
“Tivemos um crescimento significativo na venda de chope desde o segundo semestre deste ano. O consumidor buscou, de forma acelerada, o delivery para consumo em casa”, afirma o gerente de Eventos e Novos Mercados da Cervejaria Laut, João Roberto Pires. Segundo ele, o balanço é positivo para a bebida em crescimento de faturamento, capacidade produtiva e posicionamento da marca, que investiu na estrutura de delivery, que pode ser solicitado pelo site ou WhatsApp.
Pires explica que, a partir do momento em que o serviço é encomendado, a equipe instala o equipamento no local desejado e até copos descartáveis podem estar incluídos no serviço.
Um dos pioneiros no mercado das cervejas e chopes artesanais no Estado, Rodrigo Ferraz, proprietário da cervejaria Albano´s, estima que, em relação a 2020 o crescimento nas vendas do chope pode chegar a 80%. “As vendas estão muito maiores até que em relação a 2019, ano pré-pandemia”, fala. Ele calcula em 60% o comparativo entre os períodos. Em dezembro, a casa vendeu mais de 200 mil litros de chope. Entre os preferidos da clientela estão o chope pilsen tradicional e a cerveja Life Lager, produto zero açúcar e zero carboidratos.
Ferraz considera que fatores como criação de novos produtos durante a pandemia, aquisição de maquinário e a flexibilização das regras de distanciamento social contribuíram para os bons resultados e aumento no faturamento. “Enquanto o mercado estava recolhido, nós aceleramos os investimentos, ganhamos prêmios que mostram o reconhecimento a este nosso esforço”, conta o proprietário do Albano`s.
Cautela
Apesar do cenário animador, Rodrigo Ferraz conjuga esperança e cautela quando o assunto é o ano de 2022. “As expectativas são de esperança e cautela. A confiança na vacinação faz as pessoas voltarem a circular. Os eventos voltam acontecer e a demanda aumenta. Ao mesmo tempo, o ambiente político instável e as perspectivas de crescimento baixas trazem aumento de custo considerável. As fábricas trabalham com uma margem de lucro perto de zero pela necessidade de vender. Esperamos que o preço se recupere, pois, atualmente, está abaixo de três, quatro anos atrás. O setor ainda sofre, mas vamos em frente”, disse.
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