Economia

Vendas de materiais de construção continuam em queda no segundo semestre

No Brasil, o faturamento das indústrias de materiais de construção também apresentou queda. De acordo com o Índice Abramat de agosto aqueda foi de 1%
Vendas de materiais de construção continuam em queda no segundo semestre
Crédito: Alisson J. Silva

O setor de material de construção continua com as vendas em queda no segundo semestre deste ano. Depois de amargar um período ruim no primeiro semestre, a expectativa é que houvesse uma melhora, fato que ainda não aconteceu, ao menos no Estado. As informações são do presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Material de Construção, Tintas, Ferragens e Maquinismos de Belo Horizonte e região (Sindimaco BH e Região) Julio Gomes Ferreira.

De acordo com ele, a demanda por material de construção e o mercado não estão favoráveis, o que faz ele acreditar que o ano terminará com faturamento menor que o ano passado. “A gente continua registrando um declínio e nenhuma melhora

. O setor amargou muitas perdas no primeiro no primeiro semestre, mas continua amargando no segundo semestre também”, observa.

Apesar de não informar valores ou percentual, Ferreira explica que a política econômica atual não tem sido favorável para o setor de materiais de construção, assim como a permanência de uma taxa de juros ainda muito alta. “Isso desestimula os negócios, dificulta os financiamentos, que é uma das grandes fontes de operações no setor de materiais de construção”, avalia.

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O presidente do Sindimaco diz ainda que a expectativa é que a gradual redução da taxa de juros traga benefícios para o setor, aumentando o faturamento. Entretanto, apesar do otimismo, ele não acredita num ano melhor que 2022. ”O cenário é meio nebuloso, então nós não temos nenhuma expectativa de que possamos fechar o ano de forma favorável”, diz.

Indústria brasileira também registra queda com pequeno sinal de recuperação 

No Brasil, o faturamento das indústrias de materiais de construção também apresentou queda. De acordo com o Índice Abramat de agosto da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) houve redução no faturamento das indústrias de 1% frente ao mesmo mês em 2022. O estudo é realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, a indústria brasileira de materiais registrou faturamento 2,3% inferior ao mesmo período do ano passado. Já em relação a julho, o faturamento teve uma alta pequena, demonstrando uma possível retomada do segundo semestre.

Para o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, apesar da queda em relação a 2022, os dados mostram que é possível notar uma diminuição mês a mês neste ano.

Mais otimista, ele acredita que fatores como o Projeto Construa Brasil, o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a implantação do programa “Minha Casa, Minha Vida”, a retomada de obras paradas, a redução progressiva da taxa de juros, a inflação mais controlada, e o avanço na aprovação de reformas estruturantes no Congresso poderão contribuir para reverter a estimativa de faturamento do ano, que, por enquanto, aponta para uma contração de 1%.

A nova edição da pesquisa da Abramat ainda revelou os dados consolidados de julho de 2023. No período, a indústria de materiais de construção teve faturamento 1,1% inferior ao observado em julho de 2022. Os materiais básicos tiveram aumento de 2,0% e os materiais de acabamento queda de 6,0% na base de comparação interanual.

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