Vendas de veículos avançam 14,9% em Minas Gerais

Com maior número de dias úteis no mês, as vendas de veículos em Minas Gerais avançaram 14,9% em fevereiro. Ao todo, foram comercializados 44.005 veículos no Estado, ante 38,287 mil unidades em janeiro, segundo levantamento divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Com o resultado positivo, os emplacamentos somaram 82.292 unidades no acumulado do primeiro bimestre. O volume representa incremento de 6,79% em relação aos dois primeiros meses de 2024, quando totalizaram 77.063 veículos.
Em destaque, os emplacamentos no segmento automóveis e comerciais leves avançou 22,8% na comparação com janeiro, somando 29.036 unidades. A categoria, que corresponde a mais de 50% das vendas totais, registrou também alta de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 28.064.
De acordo com a Fenabrave, as vendas de caminhões e ônibus em Minas Gerais cresceram 7,62% em fevereiro em relação ao mês imediatamente anterior, passando de 1.602 unidades para 1.724. Na comparação com o mesmo período do ano passado (1.509 veículos), o crescimento foi de 14,25%.
No acumulado do primeiro bimestre, os emplacamentos de caminhões e ônibus aumentaram 13,48%, ante igual intervalo do ano passado. O resultado passou de 2.931 veículos emplacados para 3.326 unidades.
Em contrapartida, as vendas de motos em Minas Gerais recuaram 0,4% na comparação com o mês imediatamente anterior, passando de 11.629 para 11.583 unidades. Já em relação ao mesmo intervalo de 2024 (10.256), o segmento registrou avanço de 12,9%.
O resultado do segmento de motocicletas foi positivo também no acumulado do primeiro bimestre. Entre janeiro e fevereiro as vendas no Estado somaram 23.212 unidades, ante 20.887 em 2024, uma alta de 11,13%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos (Sincodiv-MG), Mauro Pinto de Moraes Filho, o crescimento no Estado foi impulsionado por mais dias úteis no mês, já que o Carnaval neste ano aconteceu em março. “É um mercado forte, que vem crescendo mais ano a ano com forte presença das locadoras”, pontua.
Belo Horizonte, reduto de grandes locadoras e principal mercado do Estado, emplacou 22,5 mil veículos em fevereiro – correspondendo por cerca de 50% das vendas totais em Minas Gerais. Na comparação com janeiro, a capital mineira apresentou avanços de 37,3%, entretanto, os resultados ficaram 4,24% inferiores ao mesmo período do ano passado.
Retração também foi apurada no primeiro bimestre, quando as vendas na Capital somaram 39.024 veículos. O volume é 2,56% inferior ao registrado entre janeiro e fevereiro do exercício passado (40.051).
Expectativa de crescimento cai de 6% para 3% em 2025
Apesar do otimismo, para os próximos meses, o setor deve enfrentar consequências severas do aumento na taxa básica de juros (Selic). De setembro de 2024 até março deste ano, a taxa aumentou 2,5 pontos percentuais, passando de 10,75% ao ano para 13,25% ao ano.
Segundo o dirigente, a restrição de financiamentos em decorrência dessas medidas deve afetar diretamente a expectativa de crescimento das vendas neste ano. O avanço da Selic, segundo ele, reduz as expectativas de crescimento do setor, de 6% para 3%, já que afeta o montante de entrada na aquisição de veículos, além de excluir um percentual maior de pessoas na aprovação de crédito. “É um ano bem preocupante, com desafios econômicos, concorrência acirrada e novos entrantes no mercado nacional”, destaca.
No Brasil, o número de emplacamentos de veículos em fevereiro registrou um aumento de 5,5% na comparação com janeiro e 12,8% com relação ao mesmo mês de 2024. Ao todo, foram comercializadas 360.096 unidades no segundo mês deste ano e 701.520 no acumulado de 2025.
O resultado, segundo o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, foi positivo para a maior parte dos segmentos, impulsionado pelo maior número de dias úteis na comparação com o ano passado. “O mês de fevereiro teve seu quinto melhor desempenho na história, com grande crescimento sobre 2024 – lembrando que, no ano passado, o Carnaval foi comemorado em fevereiro, o que afetou o número de dias úteis, e, consequentemente, o volume de emplacamentos”, conclui.
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