Economia

Vendas de veículos avançaram 12,9% no Estado em 2021

Emplacamentos somaram 571.486 unidades no ano passado
Vendas de veículos avançaram 12,9% no Estado em 2021
Comercialização em Belo Horizonte cresceu 15,89% no ano passado, de acordo com a Fenabrave | Crédito: Charles Silva Duarte - Arquivo DC

O emplacamento de veículos cresceu 12,99% em Minas Gerais em 2021 na comparação com o ano anterior. No total, em todo o Estado, foram 571.486 veículos emplacados no período. A variação positiva ocorreu após meses de retração de vendas de algumas das categorias. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) 

Conforme dados do balanço, o crescimento de 2021 está ancorado, principalmente, nas vendas de caminhões, que tiveram alta de 43,97% no comparativo com 2020, seguido pelos emplacamentos de veículos do segmento comercial leve (30,36%), motos (20,06%) e ônibus (18,04%). A alta nas vendas de automóveis foi de 7,70% na mesma base de comparação. 

Os emplacamentos em Minas Gerais superam o crescimento registrado em todo o País, que atingiu 10,57% na mesma base de comparação. No Brasil, as vendas somaram 3.497.077 unidades no ano passado, de acordo com a Fenabrave. 

Junto aos dados de fechamento de 2021, a Fenabrave destacou que a falta de insumos e o próprio cenário pandêmico, do qual se decorreu também a escassez de componentes, marcaram o ano de 2021 e não descartou que esses fatores possam pressionar o mercado de veículos em 2022.  

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“O ano de 2021 foi complexo, em diversos aspectos. Ainda vivemos uma crise global, de abastecimento de insumos e componentes na indústria, e novos desafios têm surgido para o setor, como os constantes aumentos nas taxas de juros, que vêm impactando nos financiamentos. Ainda assim, conseguimos fechar o ano de 2021 com o 12º melhor resultado, desde 1957”, afirma o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, 

Vendas em Belo Horizonte 

A capital mineira superou a variação de vendas do Estado. O crescimento em Belo Horizonte foi de 15,89% e, mais uma vez, o desempenho de vendas de caminhões foi o que liderou a alta. Foram 3.980 unidades de caminhões vendidas na Capital somente em 2021. Em 2020, ano-base para o comparativo, foram 1977 caminhões emplacados, o que representa uma alta de 101,32% nas vendas de 2021. 

A capital mineira teve, no total, 362.858 emplacamentos em 2021, contra 313.104 unidades vendidas em 2020. 

Emplacamentos de automóveis recuaram

São Paulo – As vendas de veículos, motos e caminhões novos registraram alta de 10,57% em 2021 na comparação com os emplacamentos efetuados em 2020, segundo balanço divulgado ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Apesar disso, a comercialização de automóveis foi menor no período.

Foram comercializadas, ao longo do ano passado, 3,49 milhões de unidades, enquanto em 2020 foram 3,16 milhões.

Em dezembro, as vendas registraram queda de 7% em relação ao mesmo mês de 2020, com a comercialização de 337,6 mil unidades.

Os automóveis, no entanto, tiveram queda nas vendas do ano passado. Em 2021, foram comercializadas 1,55 milhão de unidades, uma redução de 3,6% em comparação com o resultado do ano anterior. No último mês de dezembro foram emplacados 156,1 mil automóveis, uma retração de 19,7% em relação ao mesmo mês de 2020.

A queda nas vendas de automóveis ocorreu, segundo o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, devido às dificuldades de produção das indústrias que enfrentam globalmente a falta de diversos componentes. “Nosso mercado tinha potencial para absorver cerca de 20% mais do que os comercializados no ano passado”, destacou.

Caminhões – Os caminhões tiveram um crescimento de 42,8% nas vendas em 2021, com a comercialização de 127,3 mil unidades. Em dezembro, foram comercializadas 11,2 mil unidades, uma alta de 24,3% em comparação com o mesmo mês de 2020.

Previsão – Para 2022, a Fenabrave prevê um crescimento de 5,2% do setor. “Nossos estudos apontam para o crescimento de todos os segmentos automotivos neste ano. Mas, é claro que situações conjunturais podem afetar essas estimativas, considerando que a indústria ainda sofre com a falta de insumos e componentes eletrônicos, que estamos diante de uma economia ainda turbulenta e iniciando um ano em que teremos eleições, que costumam criar um cenário de incertezas”, avalia Andreta.

Para o segmento de automóveis, a expectativa é de expansão de 2,9%. (ABr)

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