Economia

Vendas do varejo crescem 2,67% em BH, aponta a CDL

Resultado no acumulado do primeiro quadrimestre superou as expectativas do setor para o período na Capital
Vendas do varejo crescem  2,67% em BH, aponta a CDL
Crédito: Adão de Souza/PBH

A expectativa de um primeiro quadrimestre com bons resultados se consolidou no levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) sobre o desempenho do varejo. O volume de vendas do comércio da Capital teve um crescimento de 2,67% na comparação com o mesmo período de 2021.  O resultado ficou acima da média nacional, que registrou incremento de 2,3% na mesma base de comparação.

Entre os segmentos que se destacaram no primeiro quadrimestre estão Vestuário e Calçados, com incremento de 8,58%, Papelarias e Livrarias, com alta de 6,27%, Drogarias e Cosméticos, com 6,71%, e o segmento de Veículos e Peças, com aumento de 4,18%.

“A nossa expectativa era boa para este período, mas os resultados foram excelentes, tendo em vista que fomos muito impactados anteriormente pela pandemia. Desde que as coisas foram se normalizando, a gente sempre enxerga uma boa expectativa, até por conta da volta das pessoas ao trabalho com a retomada e também com a queda dos números de desemprego”, diz o vice-presidente da entidade em Belo Horizonte, Fernando Cardoso.

Proporção

“As datas comemorativas como o Carnaval e Páscoa foram excelentes, mesmo com os nossos indicadores econômicos, com a alta da inflação. Um lado bom foi o crescimento do PIB, e, dentro do cenário da nossa cidade, mais de 70% do PIB de Belo Horizonte vêm do comércio e serviços. Além disso, mais de 80% dos empregos gerados na Capital têm como gerador o setor de comércio e serviços”, afirma o vice-presidente da CDL-BH.

E, ao que parece, o segundo quadrimestre de 2022 também deve ser motivo de comemoração. “Entre maio e julho, nós entramos em um importante período do ano, pois temos datas muito fortes para todo o comércio e as atividades de serviço. A tendência é que aconteça uma evolução”, argumenta.

Cenários

Na análise comparativa com o mês de março, a entidade aponta que as vendas do varejo em Belo Horizonte cresceram 1,64% em abril. O resultado é um sinal de melhora no desempenho da vacinação contra a Covid-19, melhora dos índices de contaminação e ocupação dos leitos e leve queda na taxa de desemprego.  

Em abril, os destaques são o segmento de Papelarias e Livrarias, com 5,77%, seguido por Vestuários e Calçados (3,49%) e Artigos Diversos (brinquedos, instrumentos musicais, material esportivo, etc) com 2,91%.

Ainda na lista, os Supermercados aparecem com 2,63%, Eletrodomésticos e Móveis (2,42%), as Drogarias e Cosméticos, com 2,02%. Já os Veículos e Peças registraram 1,16% de aumento, enquanto o segmento de Informática obteve 0,78%. 

Neste período, o setor de Material Elétrico e Construção foi o  único segmento que teve desaceleração, registrando baixa de 1,09% nas vendas.

Na comparação com abril do ano passado, o varejo da capital mineira cresceu 3,10%, prevalecendo como pontos fora da curva o segmento de Supermercados, com crescimento expressivo de 36,79%. 

Na mesma base de comparação, o segmento de Vestuário e Calçados registrou alta de 15,42%, o de Papelarias e Livrarias avançou 5,50% e Drogarias e Cosméticos cresceu 3,50%. 

No entanto, os resultados não foram positivos para alguns segmentos, segundo o termômetro. As vendas de Eletrodomésticos e Móveis, por exemplo, tiveram queda de 2,22%. Além disso, registraram desempenho negativo Informática (-1,89%), Veículos e Peças (-1,46%) e Material Elétrico e de Construção, com queda de 0,75%.

Segundo Cardoso, “os números negativos refletem uma baixa procura por itens que sofreram com a inflação”.

Desafios para o setor

Questionado sobre os desafios para o comércio da Capital nos próximos meses, o empresário afirma: “Estamos trabalhando o comércio com o contexto de confiança entre os lojistas e os consumidores”. 

“O comércio precisa estar muito preparado para receber os consumidores para garantir maior movimento”, afirma Fernando Cardoso, que ainda reforça: “Não podemos fazer com que as lojas sejam fechadas de novo. É preciso existir a confiança”. 

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