Economia

Vendas do varejo registram queda de 5,2% em Minas

Vendas do varejo registram queda de 5,2% em Minas
Aliss035:Minas Shopping50 22/01/16 CREDITO:ALISSON J. SILVA

A comercialização do varejo em Minas Gerais recuou 5,2% em outubro frente a setembro, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A baixa observada no Estado foi a mais intensa do País, que apresentou alta média de 0,1% na mesma base de comparação.

De toda maneira, o desempenho do setor no décimo mês de 2019 representou elevação de 3,1% sobre igual época do ano passado. No acumulado entre janeiro e outubro deste exercício também foi observado incremento, neste caso de 0,5%, e nos últimos 12 meses o índice segue negativo em -0,4%. Já na média nacional, os resultados foram todos positivos em 4,2%, 1,6%, 1,8%, respectivamente.

De acordo com a economista do IBGE Minas, Cláudia Pinelli, o indicador em Minas Gerais ainda tem apresentado grande oscilação. Segundo ela, a melhora que tem ocorrido em relação ao ano anterior não é sustentável e os diferentes comportamentos da economia e do mercado de trabalho, mês a mês, têm ocasionado a inconstância dos índices.

“Cada região tem suas particularidades e, por isso, apresenta um desempenho diferente. Minas Gerais, por exemplo, apresentou a maior queda do País em outubro, mesmo com o índice tendo avançado sobre o ano anterior”, explicou.

Com isso, embora ainda seja cedo para traçar uma expectativa quanto ao fechamento do exercício, Cláudia Pinelli acredita que o movimento será mantido e também aquecido pela sazonalidade tradicional dos próximos meses. Segundo ela, apesar das oscilações, o crescimento deverá ser mantido. “Ao que tudo indica, encerraremos 2019 com leve crescimento sobre 2018. Mas é preciso esperar”, ponderou.

Em termos de setores, a pesquisa revelou que as atividades que se destacaram com variações positivas em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior foram: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com incremento de 15,8%; outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9%).

Por outro lado, os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-10,8%) e móveis e eletrodomésticos (-1%) apresentaram reduções quando comparados com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano até outubro, quando o comércio mineiro avançou 0,5%, os destaques positivos também ficaram com os setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com incremento de 7,1% e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,3%).

Já as maiores baixas foram registradas igualmente em livros, jornais, revistas e papelaria (-14,9%) e móveis e eletrodomésticos (-10,7%).

Varejo ampliado – No diagnóstico do comércio varejista ampliado, que conta com todos os setores pesquisados incluindo veículos, motocicletas, partes e peças, além de material de construção, tanto o Estado quanto o País apresentaram variações positivas em todas as bases de comparação. Em outubro deste ano frente ao mesmo mês do exercício passado os resultados para Minas foram de 4,6% sobre o mesmo período de 2018, 2,1% no acumulado do ano e 1,5% nos 12 meses.

“Destaca-se o bom desempenho do comércio ampliado, a partir das vendas de veículos e materiais de construção que voltaram a apresentar bons desempenhos. Os materiais, em especial, podem significar a recuperação da construção civil, importante atividade economia para o Estado e País”, comentou.

País registra o melhor desempenho desde 2016

Rio e São Paulo – O setor de varejo no Brasil seguiu em recuperação em outubro, embora com aumento das vendas abaixo do esperado, iniciando o quarto trimestre com ganhos em combustíveis e materiais para escritório. O volume das vendas no varejo subiu 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem.

A leitura marca o sexto mês seguido de alta nas vendas e o melhor resultado para outubro desde 2016, quando houve ganho de 0,5%. Em relação a outubro de 2018, houve alta de 4,2% nas vendas varejistas.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,3% na comparação mensal e de 3,8% sobre um ano antes.

“O varejo não perdeu força ou fôlego, podemos dizer que foi uma acomodação”, disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes. “A conjuntura ainda está favorável ao consumo e à demanda, com mais gente no mercado de trabalho, inflação baixa e mais crédito com juros em queda.”

Entre as oito atividades pesquisadas, seis tiveram resultados positivos em outubro, com destaque para a alta de 5,3% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e de 1,7% de combustíveis e lubrificantes.

Por outro lado, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram queda de 0,1%, enquanto as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria caíram 1,1%.

“A alta do varejo não foi maior porque os supermercados caíram depois de uma sequência de cinco meses. Mas foi apenas um ajuste”, completou Isabella.

No varejo ampliado houve alta de 0,8% em relação a setembro, com aumento de 2,4% nas vendas de veículos, motos, partes e peças e de 2,1% de material de construção (2,1%).

O consumo das famílias registrou alta de 0,8% no terceiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, mantendo-se como importante motor do crescimento no País e ajudando o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a crescer 0,6% no período. (Reuters)

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