Economia

Vendas do varejo sobem 1,6% de janeiro para fevereiro

Volume cresceu 1,6% em fevereiro na comparação mensal e 2,3% na bimestral, impulsionado por combustíveis e hipermercados
Vendas do varejo sobem 1,6% de janeiro para fevereiro
Crédito: Charles Silva Duarte/Arquivo Diário do Comércio

O volume de vendas do varejo em Minas Gerais aumentou 1,6% na passagem de janeiro para fevereiro e registrou o segundo mês consecutivo de alta. É o que mostra a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação entre o segundo mês deste ano e o mesmo período de 2022, o setor também apurou crescimento de 1,6%. Combustíveis e lubrificantes, com a maior elevação do período (23,7%), e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4%), com o maior peso sobre o indicador geral, impulsionaram o desempenho.

O analista em Informações Estatísticas e Geográficas do IBGE Minas, Daniel Dutra, atribui a performance dos grupos aos preços cobrados pelo mercado. Conforme ele, a intenção de consumo tem relação com os valores dos itens. Logo, quanto mais o custo do produto varia para baixo, maior tende a ser o volume comprado, o que foi o caso dos combustíveis. 

Dutra recorda que, em fevereiro do ano passado, os preços dos combustíveis estavam bem maiores. A gasolina comum, por exemplo, era comercializada a R$ 6,91, em média. Já na mesma época, em 2023, o valor médio negociado foi de R$ 4,97. Os dados são de um levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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No caso do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o analista ressalta que o resultado tem a ver com a baixa inflação dos alimentos no Estado. Ele também salienta que o aumento do salário mínimo, por menor que seja, motiva a compra dos itens básicos, o que pode ter relação com a performance da atividade. 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,9%) e móveis e eletrodomésticos (4,9%) completam a lista dos grupos do varejo com altas em fevereiro.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-32,8%); tecidos, vestuário e calçados (-17,2%); livros, jornais, revistas e papelaria (-16,8%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-6,2%), de forma oposta, apuraram quedas nas vendas.

Resultado do bimestre também foi positivo 

No acumulado dos dois primeiros meses de 2023 frente ao mesmo intervalo de tempo do exercício anterior, o resultado do varejo do Estado também foi positivo, com alta de 2,3%. 

Combustíveis e lubrificantes (26,1%); móveis e eletrodomésticos (5,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,6%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1%) foram os grupos de atividades que registraram altas no bimestre. 

Do lado contrário, outros artigos de uso pessoal e doméstico (-19,9%); tecidos, vestuário e calçados (-8,2%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,6%) tiveram baixas no volume de vendas no período.

Estabilidade no acumulado de 12 meses

Embora os números de fevereiro e do bimestre indiquem um bom começo de ano do varejo mineiro, Dutra ressalta que, nos últimos 12 meses, o setor apurou altas e baixas, o que representa “mais uma estabilidade”. No período, foram sete taxas positivas e cinco negativas. 

“Alguns meses tiveram avanço, outros tiveram recuo, mas no geral, o comércio está andando muito de lado. Isso também é refletido nos últimos seis meses, quando foram três negativas e três positivas”, salienta. Ainda segundo ele, nos últimos 12 meses, baseado no número-índice, com ajuste sazonal, a evolução do setor no Estado foi de 0,5%. 

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