Vendas líquidas da MRV batem recorde

O grupo mineiro MRV&CO – que engloba as empresas MRV, Urba, Luggo, Resia e Sensia – encerrou o segundo trimestre de 2022 com mais um recorde. A prévia operacional da companhia trouxe mais um volume histórico de vendas líquidas no período, totalizando R$ 2,6 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV). O volume representa aumento de 26% em relação aos mesmos meses do ano passado. No mesmo período, os lançamentos chegaram a R$ 2,1 bilhões mas caíram 11,6% sobre igual época de 2021.
Entre os destaques do trimestre, a geração de caixa do grupo MRV&CO em R$ 317 milhões; o aumento do ticket médio dos produtos do Programa Casa Verde e Amarela (CVA) – novo nome do Minha Casa Minha Vida – em 7,4%, frente ao trimestre anterior. Também o recorde de vendas em um trimestre da Resia (antiga AHS), totalizando R$ 1,02 bilhão (US$ 195 milhões), com margem bruta combinada de 37%. E a venda de dois empreendimentos da Luggo, dentro do acordo de investimentos firmado com a Brookfield, pelo valor total de R$ 141,5 milhões.
De acordo com o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da MRV, Ricardo Paixão, os números confirmam mais uma significativa evolução em todas as linhas de negócios da plataforma habitacional do grupo. Segundo ele, os resultados mostram a importância da diversificação de produtos, mercados de atuação e fontes de funding da companhia. A empresa encerrou o trimestre com 51,7% dos lançamentos e das vendas líquidas fora do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 41,8% do land bank também.
“Quando analisamos especificamente os lançamentos de uma empresa que já foi 100% FGTS e atua hoje com diferentes fontes de financiamento, vemos que estamos no caminho para se cumprir a estratégia. Era uma meta da companhia equilibrar a origem do crédito imobiliário entre o FGTS e demais fontes, como o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e investimentos individuais, por meio da Luggo”, avalia.

Geração de caixa MRV&CO
Sobre a geração de caixa, que somou R$ 317 milhões no segundo trimestre, destacam-se, mais uma vez, os números da Resia, cuja contribuição foi de R$ 309,1 milhões. A Luggo apareceu em seguida com R$ 127 milhões. MRV e Urba tiveram geração negativa. Conforme Paixão, o negócio continua crescendo mais do que as demais operações.
“Trata-se de um segmento muito demandado no mercado americano. A elevação do juro lá fora acaba forçando as pessoas migrarem para o aluguel e isso aumenta a demanda pelos produtos da Resia. Além disso, há muitos investidores buscando imóveis como proteção financeira diante do mercado incerto.
Quanto ao mercado nacional, o diretor ressalta o aumento do ticket médio dos produtos do Programa CVA. E lembra que a MRV Incorporação segue com foco no aumento de preços de vendas, como forma de compensar a pressão de custos observada nos últimos anos e que resultou na compressão das margens brutas reportadas pela companhia. O ticket médio das vendas destinadas ao programa registrou um aumento de R$ 12 mil entre o primeiro e o segundo trimestre, equivalentes a um aumento de 7,4% no período.
“As medidas que o governo tomou como forma de tornar o programa mais atrativo foram muito bem acertadas e nos deixam confiantes para o segundo semestre”, comenta. Paixão se refere à elevação das faixas de renda dos beneficiários do programa.
Por fim, sobre a atual conjuntura, o executivo diz que o setor vem sendo altamente impactado pela inflação – tanto ao consumidor final, prejudicando a renda, quanto ao setor com o aumento dos preços dos insumos. “Isso impactou muito o balanço das incorporadoras, que ficaram com as margens bastante apertadas. As mudanças que vemos agora podem ajudar nessa recuperação”, conclui.
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