Economia

Vendas de material de construção começam a se recuperar em Minas

Segmento varejista estima crescer até 2% neste ano na comparação com 2023; Indústria tem resultados positivos
Vendas de material de construção começam a se recuperar em Minas
Demanda por parte de consumidores que fazem reparos em seus imóveis para as festas de fim de ano deve impulsionar vendas de materiais de construção | Crédito: Reprodução Adobe Stock

Depois do déficit do início do ano, o varejo de material de construção em Minas Gerais começou a se recuperar no segundo semestre, conforme o diretor do Sindicato de Comércio Varejista e Atacadista de Material de Construção, Tintas, Ferragens e Maquinismo de Belo Horizonte e Região (Sindimaco), Paulo Machado Zica de Castro.

“O período de janeiro a agosto deste ano está parecido com o desempenho do ano passado”, diz.

Para ele, o endividamento alto do consumidor, em especial nos primeiros meses do ano, e a pressão do câmbio foram alguns dos fatores que atrapalharam os negócios da atividade.  “Os metais, por exemplo, subiram na casa dos 20% este ano. Entre as altas se destacam as dos fios e cabos elétricos, além do cobre”, conta.

Castro, que também é diretor da Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG), explica que os meses mais secos do ano também são os melhores para a venda do setor. “É o período de maior produtividade das obras e, logo, de maior demanda”, observa.

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O diretor diz que percebe que o mercado vem melhorando. “O primeiro trimestre foi difícil, já o segundo trimestre foi um pouco melhor. Estamos relativamente otimistas. Acredito que neste ano vamos crescer um pouco, 1% comparado ao ano passado, ou talvez, 2%”, analisa.   

Castro conta que o perfil do consumo normalmente muda no último mês do ano, período que se destaca pelo aumento na procura pelas tintas. O motivo é o hábito de muitos consumidores em preparar a casa para as festas de fim de ano.

Indústria brasileira

Enquanto no varejo mineiro o movimento é de recuperação dos negócios, na análise industrial no País, agosto representou crescimento no faturamento das indústrias de materiais de construção, com alta de 6,8% na comparação com igual mês do ano anterior.

Já na comparação com julho deste ano, o índice aponta queda de 0,8%. O acumulado do ano até agosto aponta crescimento de 4,4%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta semana pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). A nova edição da pesquisa foi elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por enquanto, a entidade mantém a previsão de crescimento de 3% em 2024.

E na segmentação entre materiais básicos e de acabamento o cenário também é considerado favorável pela entidade, com crescimento de 5% nos materiais básicos e de 9,9% para os de acabamento em relação a agosto do ano passado. Já na comparação com julho deste ano, foi registrada uma ligeira queda, de 0,3% para os básicos e de 1,2% para os materiais de acabamento.

Para o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, a “leve oscilação de um mês para o outro é natural, mas a tendência de crescimento sustentável está bem clara nos números”.

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