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Vendas no e-commerce em alta

Vendas no e-commerce em alta
Imagem: Pixabay

São Paulo – O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 23,6 bilhões no primeiro semestre de 2018, um crescimento de 12,1% ante igual período do ano anterior, de acordo com dados do relatório Webshoppers, produzido pela Ebit/Nielsen.

A pesquisa projeta continuidade do mesmo ritmo de crescimento até o final do ano. Para o ano fechado de 2018, a perspectiva é de alta de 12% nas vendas na comparação anual, totalizando faturamento de R$ 53,4 bilhões.

No primeiro semestre, o comércio eletrônico registrou 54,4 milhões de pedidos, 8% a mais do que no ano passado. O tíquete médio aumentou 3,8%, para R$ 433.

No primeiro semestre, o resultado do e-commerce foi afetado negativamente pela greve dos caminhoneiros. De acordo com a Ebit/Nielsen, as vendas chegaram a cair 30% num único dia de greve na comparação com período equivalente da semana anterior. Ao todo, o prejuízo chegou a R$ 407 milhões durante a paralisação.

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A Ebit, empresa especializada em informações sobre e-commerce, foi adquirida pela Nielsen num acordo assinado ao final de julho Com o negócio, a Nielsen reforçou sua unidade de negócios de comércio online.

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Entregas – Fruto da integração de lojas físicas e virtuais, a venda online com retirada de produtos em lojas físicas já representa 10% do total de pedidos do comércio eletrônico, conforme levantamento da Ebit/Nielsen. É a primeira vez que essa alternativa de entrega se destaca como uma proporção relevante. “Há um ano, isso não existia”, comenta o consultor de negócios da companhia, Pedro Guasti.

O estudo detectou ainda que os indicadores de satisfação do consumidor são mais elevados entre os que retiram produtos na loja do que entre os consumidores que recebem produtos em casa, sejam os entregues pelos Correios ou por transportadoras privadas. O índice de consumidores que dizem ter recebido o produto no prazo é de 97% entre os que retiram na loja física versus 83,4% dos que recebem pelos Correios.

Dólar – A depreciação do real ante o dólar pode ter impacto negativo nas vendas comércio eletrônico ainda este ano, na avaliação da Ebit/Nielsen. A disparada do câmbio para patamares superiores a R$ 4 pode se refletir nos preços para o consumidor final de itens como produtos de tecnologia, destacou Guasti.

Segundo o consultor, tipicamente o setor pode levar cerca de três meses para repassar a consumidores altas de custo geradas pelo efeito cambial. “Pode existir ameaça de aumento de preços, principalmente em algumas das categorias mais vendidas do e-commerce, como telefonia”, comentou.

As vendas no semestre ainda podem ser influenciadas pelo cenário político em meio ao processo eleitoral, ressaltou.

A expectativa de crescimento para o ano foi mantida em 12%, a mesma projeção que a Ebit tinha no início de 2018, mas a avaliação é que o resultado ainda vai depender da capacidade das empresas de atraírem os consumidores em datas como a Black Friday e o Natal.

Guasti avalia que as grandes companhias do setor estão se preparando há meses para o evento promocional e que têm a expectativa de fazer desse evento um resultado de vendas superior ao do ano passado.

Segundo a Ebit, o setor de saúde e beleza alcançou pela primeira vez a posição de liderança como aquele que mais registrou pedidos on-line. O segmento representou 15% do total de pedidos ante um patamar de 12% um ano antes. (AE)

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