Vendas on-line alavancam setor de serviços

Com uma contribuição importante dos serviços de transporte, a atividade de serviços em Minas Gerais avançou 3,5% em fevereiro na comparação com janeiro, na série com ajuste sazonal.
O dado foi divulgado nessa quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostra que o resultado no Estado ficou bem próximo ao da média nacional (3,7%).
Os números também são positivos nas demais bases de comparação. De acordo com o IBGE, na comparação com igual período de 2020, o setor de serviços no Estado apresentou um crescimento de 6,2%, enquanto houve queda de 2% no País. No acumulado do primeiro bimestre, por sua vez, a alta em Minas Gerais chegou a 4%, ao mesmo tempo em que houve retração de 3,5% no Brasil.
A supervisora de pesquisa econômica da entidade, Claudia Pinelli, destaca que fevereiro não contou com medidas tão restritivas de distanciamento social, o que ajuda a explicar os números positivos.
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Além disso, segundo ela, as comparações em relação ao acumulado do primeiro bimestre e igual período do ano passado são feitas tendo em vista uma base fraca, uma vez que o segmento não estava apresentando bons resultados nos primeiros meses de 2020.
Mas, apesar de alguns crescimentos, o setor de serviços também apresentou queda em fevereiro em Minas Gerais quando é avaliada a variação acumulada nos últimos 12 meses. Nesse cenário, diante da pandemia da Covid-19 e de todos os seus reflexos, o setor de serviços apresentou queda em 26 das 27 unidades da federação. A retração em Minas Gerais atingiu 5,2%.
Avanços dos serviços de transporte
Não só em Minas Gerais, como em todo o Brasil, os serviços de transporte tiveram destaque, conforme destaca Claudia Pinelli, o que está relacionado às vendas feitas pelos meios digitais.
No Estado, em fevereiro, na comparação com igual período do ano passado, a alta de transportes, serviços auxiliares ao transporte e correio foi de 13,1%. “Isso tem muito a ver com o comércio on-line, que está sendo utilizado pelas pessoas”, diz a supervisora de pesquisa econômica do IBGE.
Além dos serviços de transporte, também apresentaram crescimento nessa mesma base de comparação serviços profissionais, administrativos e complementares (6,6%), outros serviços (45,5%) e serviços de informação e comunicação (0,7%).
E se os serviços de transporte apresentaram tanto destaque no segundo mês do ano, é provável que eles continuem mostrando um crescimento sustentado, conforme Claudia Pinelli. O mesmo, porém, pode não ocorrer em outros setores, de acordo com ela, por conta do crescimento das medidas restritivas para ajudar a combater o avanço da pandemia da Covid-19. “A gente vê que em algumas atividades os resultados ainda são frágeis perto das restrições impostas. É provável que não consigam se manter”, conclui.
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