Economia

Vendas dos supermercados de Minas Gerais crescem 2,71% no 1º trimestre

Os estabelecimentos da Zona da Mata apresentaram o maior aumento de consumo no período, segundo a Amis
Atualizado em 22 de maio de 2024 • 23:33
Vendas dos supermercados de Minas Gerais crescem 2,71% no 1º trimestre
Crédito: Valter Campanato/ Agência Brasil

As vendas dos supermercados de Minas Gerais cresceram 2,71% no primeiro trimestre de 2024. É o que aponta o Índice de Consumo dos Lares Mineiros, pesquisa feita pela Associação Mineira de Supermercados (Amis) com empresas de todos os portes e de todas as regiões do Estado. O crescimento representa uma aproximação das projeções da entidade para todo o ano, de 3%.

De acordo com o levantamento, os supermercados da Zona da Mata foram os que apresentaram o maior aumento de consumo no período, com alta de 4,09%. A região Sul registrou a segunda maior elevação, com 3,69%, seguida pelo Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, com 3,31%.

O setor supermercadista das demais regiões do Estado também tiveram expansão nas vendas, segundo a Amis. Os incrementos foram os seguintes: Norte/Noroeste, com 2,50%, Rio Doce/Mucuri/Jequitinhonha, com 2,32%, Central, com 2,31% e Centro-Oeste, com 2,17%.

Vale dizer que o Índice de Consumo dos Lares Mineiros é deflacionado pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

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A pesquisa também apontou crescimento na demanda das famílias nos supermercados de Minas Gerais no mês de março. Em relação ao mesmo intervalo do ano passado, o aumento foi de 4,18%. Frente a fevereiro, o consumo nas empresas do setor no Estado cresceu 10,38%. 

Dentre as regiões, a Zona da Mata apresentou o melhor desempenho tanto no confronto interanual, com avanço de 6,26%, quanto no comparativo mensal, com incremento de 11,73%.


Por outro lado, ainda que positivas, a menor variação na passagem do segundo para o terceiro mês de 2024 ficou com as regiões Central e Rio Doce/Mucuri/Jequitinhonha, ambas com 2,70%. Enquanto a pior performance na comparação com março de 2023 foi vista na região Norte/Noroeste, com aumento de 7,25% nas vendas dos supermercados, conforme a Amis. 

Fatores

O aumento da demanda do setor supermercadista está relacionado a alguns fatores, entre eles, o calendário deste ano. No caso da alta mensal, a Associação Mineira de Supermercados destaca que março teve 31 dias e fevereiro somente 29, além do fato de ter sido cinco finais de semanas ‘cheios’, contra quatro, o que faz diferença no resultado. A entidade ressalta que, adicionalmente, a Semana Santa/Páscoa ocorreu inteiramente em março, motivando maior procura nas lojas.

O economista e colunista do DIÁRIO DO COMÉRCIO Guilherme Almeida relembra que no primeiro trimestre ainda teve o Carnaval, que movimenta bastante a demanda dos supermercados, especialmente de bebidas. Ele reitera que o crescimento das vendas também tem relação com os bons resultados dos indicadores de emprego e renda, visto que há mais renda circulando com a queda no desemprego e, consequentemente, mais propensão de consumo das famílias. 

Perspectivas

Quanto aos próximos meses, o especialista pondera que existem pontos que podem influenciar tanto negativamente quanto positivamente as vendas dos supermercados de Minas Gerais. 

Do lado positivo, Almeida elenca a continuidade do processo de melhoria do mercado de trabalho em termos de qualidade de emprego e a perspectiva da taxa de juros (Selic) continuar caindo nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC).

“E nos efeitos negativos, a meu ver, o principal impacto são os efeitos climáticos. Nós tivemos um impacto muito forte do El Niño até pouco tempo atrás. Tivemos também os efeitos climáticos no Rio Grande do Sul que vão impactar, de fato, diversos itens como a próprio arroz, trigo e aveia, o que tende a exercer o impacto inflacionário”, ressalta o economista.

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