Vendas do varejo de Minas crescem 4% em julho

Próximo ao resultado brasileiro, que apresentou alta de 4,4%, as vendas do varejo de Minas Gerais apresentaram expansão de 4% em julho na comparação com igual mês de 2023, conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O resultado positivo do varejo mineiro tem sido sustentado neste ano principalmente pelas vendas de veículos, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as lojas de departamento”, analisa o economista do C6 Bank, Heliezer Jacob.
De acordo com o IBGE em Minas, cinco das oito atividades analisadas no Estado apresentaram avanço na comparação com o mesmo mês do ano anterior, com destaque para equipamentos e materiais de escritório (77,1%) e artigos farmacêuticos (15,2%).
Frente a julho do ano passado, a variação das vendas no comércio varejista foi predominantemente positiva em termos regionais alcançando 25 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (18,1%), Paraíba (18,0%) e Piauí (16,4%). Os únicos resultados não positivos foram a estabilidade de Roraima (0,0%) e a queda do Rio Grande do Sul (-4,6%).
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O resultado de julho na comparação com igual mês de 2023 (4%), foi superior ao verificado pelo IBGE em Minas em junho, que apresentou incremento de 3,5% nas vendas do varejo ante igual mês do exercício passado.
Série com ajuste sazonal
Na passagem de junho para julho de 2024, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista em Minas Gerais diminuiu 0,1%, segundo recuo consecutivo depois de sete avanços. Já no Brasil, o resultado registrado foi um aumento de 0,6%, após queda em junho.
Na análise do Boletim Econômico do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em julho, o Estado registrou estabilidade, com recuo de 0,1%, sendo o melhor mês de julho desde o início da série histórica, em 2011.
O economista-chefe do BDMG, Izak Carlos da Silva, observa que o desempenho nos segmentos de combustíveis, supermercado e alimentos tem limitado o crescimento mineiro. “Os preços têm tido uma alta bem superior no Estado do que a verificada no Brasil. Se está mais caro, vendemos menos”, diz.
Ele acrescenta que o mercado de combustíveis é mais oligopolizado no Estado. “Os proprietários das distribuidoras aqui têm maior facilidade para reajustar preços, com aumentos reais superiores aos do restante do País”, afirma.
Varejo tem altas nos acumulados
No acumulado do ano frente o mesmo intervalo de 2023, as vendas do varejo mineiro cresceram 4,9% conforme o levantamento do IBGE, ficando um pouco abaixo do aumento no Brasil, que foi de 5,1% no mesmo período. E no acumulado dos últimos 12 meses, a expansão em Minas foi de 4,3%, superando o resultado nacional, que apresentou alta de 3,7%.
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