Economia

Após queda em dezembro, vendas no varejo de Minas Gerais sobem 2,6% em janeiro

O desempenho do setor no Estado está abaixo da média nacional, que registrou alta de 2,8% em janeiro deste ano
Após queda em dezembro, vendas no varejo de Minas Gerais sobem 2,6% em janeiro
Foto: Adobe Stock

O volume de vendas no setor varejista de Minas Gerais voltou a crescer no primeiro mês deste ano, após registrar queda de 2% em dezembro de 2024. De acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS), o Estado apresentou um avanço de 2,6% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

O estudo também aponta que a região Sudeste do Brasil alcançou o segundo melhor desempenho, com alta de 2,62%, ficando atrás apenas do Norte do País (4,5%). Assim como em Minas, o varejo nacional também apresenta recuperação, passando de uma variação negativa de 3,8% em dezembro para um crescimento de 2,8% em janeiro.

Para o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, a recuperação do comércio varejista mineiro, assim como o nacional, pode ser explicada por uma série de fatores, como uma base de comparação mais fraca, mercado de trabalho aquecido, a demanda reprimida e a sazonalidade do período.

“Já que janeiro pode ter captado parte do consumo adiado no fim do ano e se beneficiado de liquidações pós-festas, que tradicionalmente incentivam as compras”, completa.

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Dentre os estados brasileiros, Roraima foi o que registrou o maior avanço no volume de vendas ao longo do último mês, com alta de 9,3% no período, seguido por Amazonas, com 6%. Por outro lado, Piauí (-1,9%) e Mato Grosso do Sul (-1,4%) tiveram as quedas mais acentuadas do indicador, enquanto o Distrito Federal não apresentou variações no IVS.

Para Calvelli, a alta mensal é um bom sinal para o setor, mesmo que o cenário macroeconômico sinalize cautela.

“O crescimento do comércio varejista em janeiro pode ter sido influenciado por uma base de comparação baixa, após quedas seguidas em novembro e dezembro”, avalia.

Ele ainda destaca que o mercado de trabalho segue aquecido, com a taxa de desemprego atingindo 6,2% em dezembro, embora os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também indiquem desaceleração nos empregos formais.

O pesquisador também ressalta que a inflação dos alimentos, que acumulou alta de 8,2% nos últimos 12 meses. Esse cenário agrava ainda mais a pressão sofrida pelas famílias endividadas no País e, consequentemente, dificulta uma retomada mais consistente do setor varejista.

Desempenho por segmentos do varejo

Loja de roupas.
Foto: CDL GV

Todos os oito segmentos analisados pelo levantamento da Stone apresentaram variação positiva no volume de vendas em janeiro deste ano. O grupo dos Tecidos, vestuários e calçados registrou avanço de 4,8% frente a dezembro de 2024. Em seguida aparecem Artigos Farmacêuticos (2,2%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2%), como os grandes destaques no estudo.

Já na comparação com janeiro do ano passado, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes teve o melhor desempenho com alta de 9,3%; seguido pelo setor de Artigos Farmacêuticos, que registrou crescimento de 3,9% no período. Por outro lado, o grupo dos Móveis e Eletrodomésticos apresentou a maior retração, com queda de 6,2% no comparativo anual.

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