Vendas de veículos avançam em Minas Gerais no 1º quadrimestre

O mercado de veículos seminovos e usados em Minas Gerais está aquecido. Considerando todos os segmentos analisados (automóveis, motos, comerciais leves e pesados e outros), o crescimento da venda no acumulado dos quatro primeiros meses de 2024 foi de 7,1% frente ao mesmo intervalo do exercício anterior. Foram 607.645 unidades comercializadas no Estado de janeiro a abril, conforme dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).
Considerando as vendas totais, os resultados foram positivos nas demais análises feitas pela federação. Em abril deste ano frente igual mês de 2023, o avanço na comercialização foi de 31,4%. E na comparação com março, o incremento foi de 19,8%.
O presidente da Associação dos Revendedores de Veículos de Minas Gerais (Assovemg), Glenio Leonardo de Oliveira Junior, explica que vários fatores foram responsáveis pelo desempenho positivo da venda de veículos em Minas Gerais, entre eles, o aumento na geração de postos de trabalho no Estado e a redução nos últimos meses da taxa básica de juros, a Selic.
De fato, o emprego vem crescendo no Estado. Somente em março, Minas Gerais abriu 40,8 mil postos de trabalho com carteira assinada. O resultado foi o melhor para o mês desde 2020, quando iniciou a nova metodologia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e representa alta em relação aos meses de janeiro e fevereiro deste ano, quando foram geradas 11,6 mil e 35,9 mil vagas, respectivamente.
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Ainda conforme o Caged, no acumulado do primeiro trimestre de 2024, Minas Gerais gerou 88,4 mil empregos com carteira assinada, o maior volume para este intervalo desde 2021.
E na quarta-feira (8), o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), reduziu a meta para a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. Com isso, a Selic passou para 10,50% ao ano. Foi o sétimo corte consecutivo, desde o início do afrouxo que começou em agosto de 2023, quando a taxa estava a 13,75% ao ano. Desde então, todos os ajustes haviam sido de meio ponto percentual.
Vendas de veículos seminovos em Minas Gerais – O dirigente destaca o desempenho na comercialização por tempo de uso da categoria de seminovos, que contabilizou alta de 28,9% no primeiro quadrimestre de 2024 ante o mesmo período do ano anterior, totalizando 117.680 unidades.
“Entre outras vantagens dos seminovos está a garantia de fábrica”, observa. Além dos fatores macroeconômicos positivos, Oliveira Junior observa que o preço alto dos veículos novos contribui para que o consumidor opte pelos seminovos, que são mais acessíveis.
Os seminovos também registraram crescimento em abril frente a igual mês de 2023. A alta na comercialização foi de 46,5%. O avanço foi verificado na comparação com março, com elevação nas vendas de 25,1%.
Ainda na divisão por tempo de uso, em seguida, se destaca a venda dos chamados “usados jovens” (veículos de quatro a oito anos), com elevação de 5,6% na comercialização no 1º quadrimestre do ano. Nesse período, os “usados maduros” (nove a 12 anos) tiveram o menor resultado, com alta de 0,3%. E os classificados como “velhinhos” (com 13 anos ou mais) apresentaram crescimento na comercialização em Minas Gerais de 2,9%.
Considerando os automóveis, as vendas no 1º quadrimestre cresceram 6,7% frente ao mesmo intervalo de 2023, totalizando 355.413. Os comerciais leves também tiveram expansão (9,8%), bem como a comercialização das motos (8,3%). Já os comerciais pesados tiveram recuo de 3,3% na comercialização no período, assim como os outros (-1,7%).
No País, segundo relatório da Fenauto, as vendas em abril também tiveram resultados positivos e cresceram 11,3% em relação ao mês de março, além de serem 26,6% superiores ao mesmo mês de 2023. Com esse resultado, o acumulado de veículos comercializados no quadrimestre chegou a 4.840.992 de unidades, um resultado 10% maior do que o acumulado no mesmo período de 2023.
Para o presidente da Assovemg, diante do cenário econômico atual, as perspectivas são de crescimento nas vendas mês a mês, podendo superar, no País, a marca recorde dos 15 milhões de veículos.
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