Economia

Vendas de veículos novos crescem 4% em Minas Gerais

Maior disponibilidade de crédito e sazonalidade contribuem para vendas
Vendas de veículos novos crescem 4% em Minas Gerais
Crédito: Adobe Stock

As vendas de veículos novos cresceram no cumulado do ano até julho. Com um total de 352 mil emplacamentos, houve aumento de 3,39% em relação aos sete primeiros meses do ano de 2023. Em julho, as vendas se mantiveram estáveis com um pequeno acréscimo de 0,13% com relação a julho do ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv-MG) e são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

A categoria de carros leves e comerciais reduziu a participação das vendas no período, passando de 73,36% para 70,68%, e foi a única a registrar queda nas vendas no acumulado deste ano. Enquanto em 2023, 249,8 mil veículos foram emplacados, de janeiro a julho deste ano foram 248,8 mil unidades nesta categoria. 

Quando analisado só o mês de julho, o cenário se repete. As vendas de automóveis e comerciais leves registraram queda de 6,38% em comparação com julho do ano passado. E na comparação com o mês anterior (junho), a queda foi ainda maior, de 7,09%.

Entretanto, para o diretor executivo do Sincovid-MG, Carlos Barreto, os números do Estado precisam ser analisados de forma diferenciada. Ele explica que, como as principais locadoras de veículos estão por aqui, as vendas diretas das montadoras para elas acabam interferindo nos números finais de Minas Gerais, distorcendo as vendas em concessionárias..

O diretor pontua que de acordo com os números, na categoria de automóveis e comerciais leves, das 43.259 unidades vendidas no mês de julho, 28.347 foram licenciamentos de vendas diretas para locadoras, ou seja, 66% dos carros licenciados. “Se você analisar as vendas sem os carros das locadoras, as 14.912 unidades vendidas no mês de julho representam uma alta de 22,4% em relação às 12.182 unidades do mês de junho. É um dos melhores registros neste mês dos últimos quatros anos”, explicou.

Ele ressalta que em julho deste ano, as locadoras compraram 28,3 mil unidades ante a 34,3 mil adquiridas no mês anterior. “Uma queda de 17,5%. Porém, apesar dessa queda, os números seguem em alta no geral”, avalia Barreto.

Crédito e sazonalidade impulsionaram as vendas

Se levada em consideração a alta nas vendas diretas e estoque das concessionárias, Barreto aponta dois motivos para o acréscimo: a maior facilidade de crédito e o período do ano. “Julho é um mês em que as concessionárias fazem muitas promoções para vender os modelos 2024/2024, pois os novos modelos, normalmente, são lançados em agosto, já com as novidades do ano seguinte. E o crédito está com uma maior oferta também”, afirmou.

A redução do custo do crédito estimula os financiamentos de automóveis, favorecendo a aquisição de veículos zero quilômetro. A maior demanda de crédito também é a explicação para a alta mais significativa de caminhões no acumulado do ano. 

Enquanto 9,7 mil veículos foram vendidos de janeiro a julho de 2023, este ano, em igual período, foram 11,4 mil unidades, uma alta de 17,23%. Na comparação apenas com o mês de julho do ano passado, o crescimento foi maior, 34,71%. Em julho de 2024 foram 188 caminhões vendidos a mais que em julho do ano passado. Se comparado com o mês imediatamente anterior, as vendas cresceram 17,21%.

E a venda de motocicletas novas também teve alta no sétimo mês do ano, com acréscimo de 27,48% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano a alta foi 14,39%. Em relação a junho, as vendas de motocicletas registraram queda de 9,74%.

Já com relação ao mês anterior (junho), houve queda de 9,74%. Em junho deste ano, 12.095 unidades foram vendidas antes das 10.917 de julho.

Expectativas para o 2º semestre são otimistas

Para o segundo semestre, a expectativa é positiva. De acordo com o diretor executivo do Sincovid, Carlos Barreto, o segundo semestre deve ser melhor que o primeiro em vendas, e o ano de 2024, melhor que ano passado.  “Acreditamos que vamos crescer em torno de 11% no ano”, concluiu.

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