Airfryer, fogão por indução e ar-condicionado: entenda o peso de cada um na conta de luz

Em meio às inovações tecnológicas, sobretudo com novos aparelhos na cozinha, os brasileiros estão cada vez mais preocupados com os gastos com energia elétrica. É o que revela a pesquisa feita pela Bulbe Energia. Segundo a plataforma de energia solar por assinatura e que realiza estudos sobre energia e consumo, buscas dos internautas sobre o impacto do uso de eletrodomésticos, como fogão por indução e airfryer, têm crescido no Google.
Para se ter uma ideia, entre abril de 2024 e abril de 2025, houve 691.080 consultas ao buscador. Os principais questionamentos, por sua vez, passam por perguntas como: “gasta muita energia?” ou “quanto gasta de energia?”. A maior parte das perguntas está concentrada em aparelhos de alta demanda, como fogão por indução, forno elétrico e ar-condicionado.
A pesquisa identificou que os principais questionamentos estão relacionados aos aparelhos da cozinha. Como eles costumam exigir alta potência para funcionar, a conta de luz também pode sofrer os impactos de seu uso constante, como é o caso do fogão por indução, por exemplo. Ele consome, em média, 1.500 W. Já a airfryer, apesar do seu tamanho compacto, consome, em média, 1.800 W, enquanto o forno elétrico pode operar entre 1.000 W e 2.500 W.
Aparelhos relacionados ao conforto térmico também preocupam
Além dos aparelhos de cozinha, os relacionados ao conforto térmico também preocupam os consumidores quanto aos gastos com energia elétrica. O ar-condicionado, dependendo da potência e da eficiência do modelo, consome entre 1.000 W e 2.000 W. O climatizador, embora mais econômico, exige de 50 W a 200 W. Já o ventilador consome cerca de 75 W — mas seu uso contínuo pode gerar aumento relevante na fatura de energia.
Outros equipamentos chamam atenção justamente por darem a falsa impressão de ínfimo consumo. É o caso de carregadores de celular deixados na tomada, transformadores antigos, televisores e até lâmpadas LED.
Apesar de eficientes, as lâmpadas LED consomem entre 5 W e 15 W, e o hábito de manter aparelhos conectados sem uso representa desperdício. Um carregador em modo standby consome cerca de 0,26 W, e esse consumo, multiplicado por várias tomadas ao longo do mês, gera impacto real. Os transformadores antigos também são vilões silenciosos: mesmo desligados, seguem consumindo energia.
Do mesmo modo, a televisão gera dúvidas recorrentes. O consumo pode variar de 13,5 W a 150 W, dependendo do tamanho da tela, da tecnologia (LED, OLED ou LCD), do brilho e do uso de recursos como streaming, Wi-Fi e Bluetooth. Um modelo LED de 43 polegadas, por exemplo, consome em média 60
A seguir, veja a tabela feita pela Bulbe Energia, com o volume de buscas no Google sobre o consumo de energia de alguns dos principais eletrodomésticos.
Como calcular o custo do consumo de energia
Três elementos principais foram levados em consideração pela plataforma para chegar ao consumo de energia dos eletrodomésticos e o seu peso na conta de luz:
- Potência dos aparelhos;
- Tempo médio de uso diário;
- Custo do quilowatt-hora (kWh)
Além disso, foi considerado o uso estimado de 1 hora por dia para cada aparelho e o valor do kWh mais alto registrado no Brasil, R$0,938, para trazer uma referência de custo real.
Fatores que influenciam a variação no gasto de energia
Em relação às variações no consumo de aparelhos semelhantes, a plataforma explica que fatores como o tempo de uso, a potência nominal, o tipo de tecnologia empregada e as condições do ambiente do equipamento foram considerados.
Um fogão por indução, por exemplo, é eficiente no preparo dos alimentos, mas exige panelas específicas (com fundo magnético) e opera por indução eletromagnética, o que demanda alta potência. Já no caso do forno elétrico, o tipo de preparo e os ciclos de aquecimento também afetam diretamente o gasto.
O mesmo raciocínio vale para ventiladores, climatizadores e aquecedores: o tipo de funcionamento (aspersão, evaporação, resistência térmica), a presença de termostato, o tamanho do cômodo e o tempo de uso contínuo fazem toda a diferença.
Portanto, a potência de um aparelho é somente uma parte da equação. O consumidor também deve levar em conta os hábitos de uso e as escolhas tecnológicas para saber, de fato, o peso que eles terão no custo final da energia.
Colaborador
Ouça a rádio de Minas