Vitória da União e Urbaville vão investir cerca de R$ 200 milhões

As incorporadoras mineiras Vitória da União e Urbaville decidiram unir seus negócios no Estado. A fusão foi concluída em operação de compra e venda realizada em julho, pela qual a Urbaville Urbanismo passa a ser uma empresa do Grupo Vitória da União (GVU). Juntas, elas esperam faturar R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos e investir R$ 200 milhões em 20 novos empreendimentos em Minas Gerais e São Paulo.
As duas loteadoras de Minas Gerais seguirão no ramo imobiliário com suas marcas independentes, mas unidas com o objetivo de crescer em um mercado cada vez mais competitivo. O negócio realizado entre as duas empresas prevê mais celeridade na aprovação de novos projetos e gestão otimizada dos custos e despesas do grupo.
Presidente do Grupo Vitória da União e da Urbaville, Jeferson Nassif destaca a “combinação de DNAs, além de princípios e moral similares”, como fatores que favorecem a união das duas empresas e podem promover, em curto prazo, um faturamento anual dez vezes maior que o atual.
“Essa união aconteceu porque enxergamos muita sinergia entre as duas empresas. Entendemos que, juntas, ambas serão muito mais produtivas do que se tivessem separadas. Prevemos que, nos próximos 36 meses, lançaremos R$ 1 bilhão de Valor Geral de Vendas (VGV)”.
O Grupo Vitória da União atua há 43 anos no mercado imobiliário e tem em seu quadro societário os irmãos Jeferson Nassif, Jair Bastos e Jader Nassif. Atua com recursos próprios e oferece condomínios e residenciais de luxo em cidades de Minas Gerais e Bahia. Já a Urbaville Urbanismo tem nove anos de mercado imobiliário, com empreendimentos em Minas Gerais, São Paulo e Bahia, em especial nos segmentos de condomínios fechados e bairros planejados.
Para Jeferson Nassif, há uma tendência desse tipo de negócio no mercado, com empresas maiores atuando. “Com certeza, esse é o caminho lógico da evolução do capitalismo”, disse o empresário. De acordo com ele, o déficit habitacional no Brasil é gigantesco e a união das duas empresas ajuda a suprir esta deficiência”.
Os juros elevados são um fator que pode prejudicar os negócios do setor, na medida em que, segundo Nassif, as pessoas deixam de consumir nesse cenário, mas o verdadeiro mal do mercado é a inflação. “Quando a valorização dos lotes não acompanha a inflação, ela desmotiva o mercado imobiliário”.
Mesmo assim, as incorporadoras já têm contratados 20 novos loteamentos a serem lançados nos próximos três anos em Minas Gerais e em São Paulo. A estimativa é de que os lançamentos recebam um aporte de R$ 200 milhões, dirigidos a loteamentos fechados modernos e de alto luxo.
Segundo Nassif, metade desse investimento será feita em Minas e o restante em todo o País, em cidades com população acima de 100 mil habitantes. “Estamos a todo vapor, dispostos a investir em todo o território nacional. Nosso intuito é o de elevar as vidas que passarem em nosso caminho”, diz.
Para Victor Felipe Oliveira, um dos sócios da Urbaville Urbanismo, a união a um grupo tão conceituado como o GVU “nos enche de ânimo para seguir trabalhando. Estamos muito certos que vamos crescer e aprender muito, assim como transmitir nosso conhecimento”.
Outro sócio da Urbaville, Vinícius Diniz acredita que a parceria entre as empresas expandirá os negócios no maior mercado imobiliário do País. “Acreditamos que vamos crescer ainda mais em São Paulo. A Urbaville já está no estado paulista e esse é um dos alvos também do GVU”.
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