Economia

Volta de feiras puxa recuperação de segmento de joias no Estado

Volta de feiras puxa recuperação de segmento de joias no Estado
Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

A retomada das feiras, inclusive presenciais, está sendo essencial para a recuperação do setor de acessórios e joalheria de Minas Gerais. O segmento foi fortemente afetado pela suspensão das atividades econômicas e pela redução do poder de compras do consumidor em função da pandemia de Covid-19.

Agora, com as feiras, a reabertura do comércio e o avanço do processo de imunização contra a Covid-19 as expectativas são positivas e é esperada uma recuperação gradual do setor de joias. O setor deve encerrar o ano com crescimento de 7% frente a 2020.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Joalherias, Ourivesarias, Lapidações e Obras de Pedras Preciosas, Relojoarias, Folheados de Metais Preciosos e Bijuterias no Estado de Minas Gerais (Sindijoias-MG), Manoel Bernardes, as feiras são essenciais para a apresentação das coleções e negociações do setor, por isso, a retomada é tão importante. 

“As feiras são muito importantes porque dão um ar de normalidade. Os clientes estão interessados e a realização dos eventos favorece a movimentação do setor. Para estimular os negócios e despertar o interesse estamos orientando as empresas para que elas produzam coleções novas para lançar durante as feiras. Os resultados estão sendo bons e os clientes estão se mostrando interessados. Esta retomada do interesse é resultado da melhoria do cenário econômico”, explicou.

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Ainda segundo Bernardes, as feiras são um importante canal de comercialização do setor, tanto no mercado interno quanto no externo. O setor não levantou as perdas e vendas, mas o fechamento do comércio nos períodos mais críticos da pandemia também provocou uma significativa queda das vendas. Agora, com a reabertura, os empresários estão mais otimistas.

“Passamos por quase 18 meses sem feiras. São canais de venda e de distribuição importantes, principalmente para as vendas externas. Com a reabertura do comércio e a volta dos eventos, estamos nos empenhando tanto em fazer acontecer como na orientação dos empresários. Estamos com uma série de capacitações para que a gente prepare melhor os expositores e receba o lojista da melhor forma”.

Para os próximos meses, as estimativas são positivas. Ainda em 2021 é esperada uma retomada gradual do faturamento do setor. Fatores como o menor poder de compra da população e as incertezas impedem uma retomada mais veloz. 

“Será uma retomada gradual, sem explosão de consumo. Além da pandemia, tem o ambiente econômico, político e 2022 será de eleição. À medida que o ambiente econômico apresenta menor insegurança, ocorrem as reformas e passando as eleições  teremos resultados melhores”.

A melhoria do mercado e da confiança também estão sendo sentidas nas negociações para o Minas Trend, que será de 1º de 4 de novembro. As negociações para participação estão avançando bem, segundo Bernardes.

“Estamos vendendo os espaços no Minas Trend e as expectativas estão melhores. Temos visto mais confiança entre os empresários, estão mais dispostos a participarem dos eventos”. 

Em relação à valorização do ouro e o impacto no setor, Bernardes explica que o segmento trabalha com um novo patamar de preços e sempre oferecendo produtos de qualidade.

“Os consumidores vão se acostumar com os patamares atuais. A pessoa ao comprar um produto bom, que vai ter qualidade indiscutível fará uma compra vantajosa por vários anos. As  joias têm essa grande vantagem. Custam muito mas são duráveis”.

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