Volume de serviços recua 1% em Minas

Em abril, o volume de serviços, em Minas Gerais, caiu 1% frente a março. A queda já era esperada e está atrelada às medidas adotadas no Estado para conter o avanço da segunda onda da pandemia da Covid-19 e que incluiu a suspensão parcial ou total de várias atividades.
Apesar do recuo na comparação com o mês anterior, em relação a abril de 2020, quando as restrições adotadas eram ainda mais severas, houve um crescimento no volume dos serviços de 21,5%. No acumulado do ano até abril, o volume cresceu 9,2%. Porém, nos últimos 12 meses ainda registra uma retração de 1,7% em Minas.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) que foi divulgada, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação regional, 14 das 27 unidades da Federação tiveram retração no volume de serviços em abril de 2021, ante o mês imediatamente anterior. As principais retrações vieram de Minas Gerais, com queda de 1%, e do Mato Grosso, com redução de 2,4%. Já São Paulo apresentou alta de 0,5%, seguido pelo Distrito Federal (4,8%) e Paraná (1,5%).
Apesar da queda na comparação com março, no confronto com abril de 2020, o volume de serviços foi positivo no Estado. De acordo com o IBGE o avanço em abril de 2021 foi de 21,5%. No mesmo período, no Estado, o índice de receita nominal avançou 24,9% frente a abril de 2020.
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A supervisora de pesquisas econômicas em Minas Gerais do IBGE, Claudia Pinelli, explica que em abril do ano passado, o setor enfrentava diversas restrições de funcionamento devido à pandemia da Covid-19, o que torna a base de comparação fraca com abril atual.
“É importante destacar que tivemos altas bem importantes em abril de 2021 frente ao mesmo mês de 2020. Porém, as restrições em abril de 2020 eram muito fortes, fazendo com que a base de dados fosse muito baixa. Então é preciso cautela na avaliação porque elas não, necessariamente, mostram que o setor apresentou este impulso todo”, pondera a supervisora.
O avanço no volume de serviços em abril, frente a igual mês do ano passado, foi puxado pelos prestados às famílias, com alta de 36,5%, transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, 41,2%, outros , 67,4%, profissionais, administrativos e complementares, com alta de 9,6%, e de informação e comunicação, com variação positiva de 4,1%.
No acumulado do primeiro quadrimestre, o setor, em Minas Gerais, já avançou 9,2%. O resultado positivo veio do aumento do volume de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, de 10,9%, serviços profissionais, administrativos e complementares, de 6,9%, e outros serviços, com alta de 40,1%.
Famílias – Os demais registraram queda, com destaque para os prestados às famílias que ainda acumula significativa queda de 30,5%. Neste grupo, estão setores como bares, restaurantes e eventos, que ainda enfrentam restrições de funcionamento. Os serviços de informação e comunicação também tiveram redução no volume de 4,1%.
Já nos últimos 12 meses, o setor ainda acumula queda de 1,7% no volume. Dentre as quedas, a maior é vista no volume de serviços prestados às famílias com queda de 33,2%.
“Os serviços prestados às famílias foram os mais afetados e que ainda enfrentam restrições de funcionamento. Neste grupo estão os bares, restaurantes e atividades ligadas ao turismo”, explicou Cláudia.
A retração também foi vista no volume de serviços de informação e comunicação, que registrou redução de 3,2% nos últimos 12 meses.
Já em profissionais, administrativos e complementares foi registrada alta de 3,9%; em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, de 0,3%; e em outros serviços o avanço ficou em 19,9%.
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