Voos são os principais afetados pelo apagão cibernético global

Os maiores impactos do apagão cibernético global desta sexta-feira (19) são sentidos pelas companhias aéreas e, consequentemente, pelos passageiros, com diversos voos atrasados e cancelados. O problema tecnológico foi causado por uma falha na atualização de um sistema da norte-americana de segurança cibernética Crowdstrike, afetando os servidores da Microsoft.
Até às 18h, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, situado em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), havia registrado 62 voos com partidas em atraso e 70 com chegadas em atraso. Conforme o balanço da BH Airport, administradora do terminal, até este horário, 14 partidas e 17 chegadas foram canceladas. As viagens eram da Azul Linhas Aéreas.
A Azul, por sua vez, informou, em nota, que “nesta manhã, a companhia registrou atrasos pontuais em parte de seus voos” e que os “clientes afetados estão recebendo toda a assistência necessária”, conforme prevê a legislação. A empresa orientou que os viajantes verifiquem o status da reserva antes de se dirigirem aos aeroportos e priorizem os check-ins nos canais digitais.
Enquanto isso, a Gol e a Latam não foram afetadas. A Gol disse à reportagem que seus sistemas e as operações nos aeroportos não sofreram impactos até o momento. A Latam emitiu comunicado dizendo que sua operação está funcionando normalmente e não foi impactada pela falha global.
Apesar dos registros de voos atrasados e cancelados, o apagão cibernético também não afetou os sistemas da BH Airport. A concessionária reiterou que está “monitorando a situação e os impactos aos passageiros, em cooperação com as companhias aéreas e os órgãos do setor, a fim de minimizar os efeitos”. Em nota, ela orientou aos viajantes que se informem sobre a situação de seu voo e, caso viajem hoje ainda, se organizem para chegar com antecedência ao aeroporto.
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Consequências do apagão nos setores bancário e elétrico
Diferentemente do setor aéreo brasileiro, as operações dos setores bancário e elétrico não foram tão impactados pela pane tecnológica, segundo comunicados emitidos por entidades e empresas.
A Federação Brasileira de Bancos (Febrabran) afirmou que alguns sistemas dos bancos chegaram a ser temporariamente “afetados em diferentes escalas, mas nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante”. O Banco Inter, por exemplo, registrou uma instabilidade que afetou a disponibilidade de alguns serviços de seu aplicativo – problema que foi corrigido. Já o Mercantil não utiliza o sistema impactado pelo apagão cibernético e não sofreu consequências.
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) disse que a falha global afetou a estabilidade de seus canais de atendimento Cemig Atende Portal (Agência Virtual) e o Aplicativo Cemig – a estatal está trabalhando para regularizar a situação o mais breve possível –, porém, não impactou as operações de campo. Enquanto isso, a Energisa Minas Rio não registrou clientes impactados.
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