Economia

Weg anuncia investimento em Betim

Weg anuncia investimento em Betim
Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli

São Paulo – A brasileira WEG está investindo R$ 34 milhões em sua fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), num movimento para ampliar sua capacidade produtiva de equipamentos voltados a geradoras e transmissoras de energia e inaugurar novas linhas de produção na planta, disse a companhia à Reuters.

Adquirida pela WEG em 2020, a unidade mineira produz transformadores de grande porte, de até 800 kilovolts (kV), além de reatores.

Com o aporte, a planta terá sua capacidade dobrada –a companhia não informa volumes– e passará a contar com mais duas novas linhas de equipamentos, uma de subestações móveis (Skids) e outra de reforma e repotenciação de transformadores de força.

A intenção da WEG é ampliar ainda mais sua presença no setor elétrico brasileiro, do qual já é uma importante fornecedora, disse o diretor superintendente da WEG Transmissão & Distribuição, Carlos Diether Prinz.

Em especial, ele destaca a implementação de reforma de transformadores na unidade mineira, com foco nas demandas de usinas hidrelétricas antigas, que estão há muitas décadas em funcionamento.

A planta de Betim reforçará serviços de reforma de transformadores já prestados pela companhia ao mercado por meio de seu complexo industrial em Blumenau (SC). A unidade catarinense passará a ser responsável pelas demandas da região Sul, enquanto a de Minas assumirá a das demais regiões do país.

“A capacidade de reforma e repotenciação em Betim vai ser superior à de Blumenau, porque o mercado que temos nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste é consideravelmente mais significativo… Vai ser uma linha bem relevante, queremos chegar a reformar 36 transformadores por ano”, explicou Prinz.

Hoje, a companhia tem uma capacidade de reforma de 25 transformadores por ano em Blumenau.

O investimento em Betim para fortalecer sua presença no setor elétrico vem na sequência de outro, anunciado na semana passada. A WEG decidiu ampliar e modernizar a planta da Balteau em Itajubá (Sul de Minas), especializada na fabricação de transformadores para instrumentos e conjuntos de medição.

A geração, transmissão e distribuição de energia é um dos principais segmentos de atuação da WEG, que também fabrica equipamentos eletroeletrônicos industriais, motores comerciais, tintas e vernizes.

No segundo trimestre, a área de energia representou 39,5% da receita líquida operacional da companhia, somando pouco mais de R$ 2,8 bilhões, entre mercado interno e externo.

Segundo Prinz, a companhia tem observado boa demanda por encomendas do setor, principalmente de projetos de geração renovável e dos leilões de transmissão. “Estamos com um horizonte bem positivo pela frente”.

Cemig está confiante que venderá ativos

São Paulo – A Cemig está confiante de que poderá divulgar novos desinvestimentos no médio prazo, disse, ontem, o diretor de Finanças da elétrica, Leonardo Magalhães.

Sem comentar nenhuma oportunidade específica, o executivo disse que os próximos desinvestimentos da empresa tendem a ser mais “complexos”.

“Já conseguimos fazer vários desinvestimentos, como a Renova, a questão da Light, continuamos com o processo… Sabemos que são processos complexos, envolvem muitos recursos”, disse, durante teleconferência para comentar os resultados trimestrais.

Questionado especificamente sobre a venda de sua fatia na transmissora Taesa, o diretor de participações, Marco Soligo, disse que a companhia mantém seu interesse no processo.

“Estamos conversando com as partes interessadas concernentes, e assim que algo relevante ocorrer, vocês serão informados”, respondeu, sem entrar em detalhes.

Além da Taesa, a Cemig já indicou sua vontade de se desfazer das participações na Santo Antônio Energia (concessionária da hidrelétrica Santo Antônio) e Norte Energia (concessionária de Belo Monte).

Ainda durante a teleconferência, Magalhães disse que a Cemig tem “todo interesse” em renovar as concessões das usinas hidrelétricas Emborcação, Nova Ponte e São Simão, que vencem nos próximos anos.

“São usinas que representam uma parcela importante da nossa geração… Estamos estudando o assunto… Temos grupo de trabalho interno que está discutindo alternativas, o melhor desenho para que essas usinas possam ser renovadas.”

Balanço – A estatal mineira divulgou na sexta-feira à noite que obteve um lucro líquido de R$ 50 milhões entre abril e junho, queda de 97,4% no comparativo anual, refletindo principalmente uma provisão pela devolução, aos consumidores, de créditos tributários de PIS/Cofins, no valor de R$ 1,4 bilhão.

Excluindo o efeito da provisão, o Ebitda da elétrica alcançou R$ 1,8 bilhão, alta de 37%, puxado pelos números da Cemig G&T, que subiram 87%. (Reuters)

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