Especial

Cerimônia valoriza desenvolvimento sustentável

Foto: Alessandro Carvalho

17 de novembro de 2022 • 20:58

Daniela Maciel

Repórter

Já em contagem regressiva para o seu centenário, em 2032, o DIÁRIO DO COMÉRCIO realizou nesta quinta-feira a celebração da oitava edição do Prêmio José Costa. Idealizado pelo DC, realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) e com o apoio técnico do Instituto Orior, a premiação foi instituída para homenagear o fundador do jornal, que sempre utilizou o veículo como instrumento de mobilização para o desenvolvimento de Minas e do País sob a ótica do bem comum e tornou-se referência na defesa de um desenvolvimento socioeconômico do Estado.

A cerimônia, que acontece essa noite no auditório do Renaissance Work Center, na região Centro-Sul, conta com a presença do governador do Estado, Romeu Zema (Novo) e outras autoridades.

“Sempre digo que esse tipo de divulgação é extremamente importante porque reconhece quem fez bem, quem se destacou, inovou. Isso faz diferença para qualquer instituição. Fui agraciado com o prêmio há alguns anos e isso fez toda a diferença. Uma premiação desse nível cria uma competição saudável e quem ganha com isso é a sociedade”, avaliou Zema.

Marcada pelos dois anos e meio de pandemia, essa edição do Prêmio José Costa, que coincide com a comemoração do 90º aniversário do DIÁRIO DO COMÉRCIO, traz como tema “Liderança transformadora para os futuros da humanidade”.

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Logo na abertura, a presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Adriana Costa Muls, e o presidente da Fundação Dom Cabral, Antônio Batista, falaram a respeito.

“O DIÁRIO DO COMÉRCIO completa 90 anos e hoje posso ver aqui, nesse cerimônia, muitos amigos que nos acompanharam nessa jornada. O amor pelo jornalismo de José Costa deu início a um dos mais longevos veículos de comunicação do Estado. José Costa defendeu muitas bandeiras do interesse de Minas Gerais que se tornaram realidade por uma construção conjunta e visão de futuro. Precisamos agora definir o nosso projeto de futuro como nação. Precisamos construir convergência e a nossa contribuição é procurar a prática de um jornalismo transformador. Isso só é possível na ética e assim reforçamos o nosso compromisso com a construção de um futuro melhor para todos e todas. Para um desenvolvimento sustentável precisamos despertar consciências. Cada um de nós somos lideranças que podemos transformar o mundo”, afirmou Adriana Muls”

“É uma grande alegria participar da correalização desse evento com o DIÁRIO DO COMÉRCIO. O Prêmio José Costa retrata a sinergia entre as duas instituições. Ele resgata a cidadania, celebra e reconhece instituições e pessoas que fazem do altruísmo um bem maior. Exatamente no momento que a gente passa por uma das maiores crises sanitárias que já tivemos, temos aqui a oportunidade de mostrar como pessoas que transformam, líderes que fazem as mudanças das organizações e da sociedade podem e estão contribuindo para a transformação positiva de todos. Estamos vivendo tempos de massificação da informação e ela se transforma em conhecimento e aprendizado que transformam a vida das pessoas e do mundo. É importante lidar com a informação qualificada, de fontes confiáveis e com um bom processo de transformação educacional. A união de duas instituições tão coerentes como a FDC e o DIÁRIO DO COMÉRCIO, a sociedade só tem a ganhar”, destacou Antônio Batista.

Na primeira parte do evento, foi formado um painel com o mesmo tema. Mediados pela diretora de Relações Corporativas da FDC, Marina Spínola, estiveram presentes a presidente estadual da Central Única das Favelas de Minas Gerais (Cufa Minas), Marciele Delduque; a Chief Legal & Institutional Relations Officer da Localiza, Suzana Fagundes; e o secretário de Estado de Planejamento e Gestão do Acre, Ricardo Brandão.

“O verdadeiro empoderamento só acontece quando passa pelos aspectos econômicos. Se não temos espaços de compartilhamento e acolhimento ele não acontece. Juntando colaboração e acesso é quando a gente consegue entregar oportunidades”, explicou Marciele Delduque.

“Não é fácil fazer junto, mas é muito mais difícil fazer sozinho a transformação. A maior dificuldade é que cada um olha para o seu problema. Se você quer fazer um impacto positivo na sociedade é preciso ouvir o outro para promover a cooperação e uma mobilização efetiva”, destacou Suzana Fagundes.

“Entendo que precisamos buscar o equilíbrio, assim como faz o DIÁRIO DO COMÉRCIO com o Prêmio, ao denunciar, ao apresentar a mazela, também mostrar os ambientes de solução”, pontuou Brandão.

Confira imagens da 8ª edição do Prêmio José Costa

Diálogos DC

Esse debate encerrou um ciclo de outros cinco debates que o DIÁRIO DO COMÉRCIO promoveu durante o ano de 2022, por meio do Diálogos DC. Os diálogos discutiram temas diversos como cultura, educação, inovação, meio ambiente, saúde e geração de riquezas, sempre a partir da perspectiva dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2015.

“Esse é o caminho pra gente começar a ver alguma mudança: quando cada um de nós entende seu papel na construção de um mundo mais justo e igualitário, então estamos mais próximos de construir esse futuro melhor que queremos”, concluiu Marina Spínola.

Na sequência, foi a vez da líder de Recursos Humanos para América Latina da Meta, Mafoane Odara.

“Eu ouvia, quando entrei para o mundo corporativo, que eu era ativista demais. Que acreditava numa colaboração que não era possível. A pandemia nos mostrou, porém, que as melhores experiências foram as colaborativas. Devemos prestar atenção em três armadilhas: a do saber: nunca sabemos tudo, temos sempre o que aprender. A armadilha do controle: devemos controlar o que pode ser controlado e ficar tranquilos para fazer aquilo que é preciso. As pessoas precisam de espaço para serem autênticas. Precisamos ser generosos com nós mesmos. Os líderes precisam de um lugar de fragilidade. O burnout tem a ver com falta de autonomia, não com excesso de trabalho. E, por fim, a armadilha do poder: ainda mantemos a lógica da hierarquia, esquecendo que todo mundo tem com o que contribuir.”, analisou Mafoane Odara.

Luana Araújo é a Personalidade de 2022

Neste ano, além das oito categorias premiadas, houve um reconhecimento também para Personalidade 2022. Em período histórico de grandes adversidades para a humanidade, o País e o estado de Minas Gerais, e uma crise que evidenciou ainda mais os grandes desequilíbrios socioeconômicos e ambientais globais, posturas singulares fizeram a diferença e expressaram o melhor do humano reforçando princípios vitais estruturantes da sociedade.

Por isso, a personalidade escolhida foi a doutora Luana Araújo. Durante a pandemia, ela trabalhou com governos em todo o mundo para construir e melhorar as respostas nacionais à pandemia, incluindo Cabo Verde, Guiné Bissau, Coreia do Sul e Brasil.

Atualmente, é líder de uma equipe que faz uso avançado de dados para a avaliação e proposição de políticas de saúde pública no Centro de Estudos e Promoção de Políticas em Saúde do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O Prêmio José Costa tem como objetivo reconhecer iniciativas inspiradoras e relevantes por retratar a expressão de vetores estruturantes da sociedade que incorporam os ODS: Qualidade da Cidadania, Qualidade da Democracia, Qualidade de Vida, Qualidade Ambiental, Qualidade da Inovação e Produção Tecnológica, Qualidade da Cultura e Educação, Geração e Distribuição de Riquezas, Produção Responsável e Competitividade. Estes são os eixos estruturantes do Movimento Minas 2032 (MM2032), organizado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO e onde o Prêmio José Costa está inserido.

O MM2032 foi lançado oficialmente em 2017 e tem como objetivo articular a sociedade para construção conjunta de reflexões e ações efetivas que promovam o desenvolvimento e fortalecimento de Minas Gerais, tendo como base de orientação, os ODS.

Este ano, pela primeira vez, além do troféu, o premiado de cada categoria receberá também o NFT do troféu da sua categoria.

Premiados

Este ano, pela primeira vez, além do troféu, o premiado de cada categoria receberá também o NFT do troféu da sua categoria.

Na categoria Qualidade da Cidadania, o agraciado foi o programa “Rolê nas Gerais, da Globo Minas, representado pela jornalista e editora-executiva do projeto, Renata do Carmo Peixoto, o produtor e repórter Zu Moreira e o repórter cinematográfico, Saulo Luiz.

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico de Belo Horizonte (Codese BH) ganhou na categoria Qualidade da Democracia, sendo representado pelo seu diretor-executivo, Elvis Gaia.

O diretor-presidente da Associação Mineira de Reabilitação (AMR),Sérgio Belizário, recebeu em nome da instituição o Prêmio na categoria Qualidade de Vida e Bem Estar.

Na categoria Qualidade Ambiental, o troféu foi para a Save Cerrado, representada pelo seu fundador e presidente, Paulo Roberto Guerra Bellônia.

Em Qualidade da Inovação e Produção Tecnológica, o agraciado desta edição do Prêmio José foi o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), representado pelo seu diretor, Carlos Nazareth Motta

Nesta edição de 2022, o troféu de Qualidade da Cultura e Educação do prêmio José Costa foi entregue ao projeto “Crie o impossível”, idealizado pela ong Embaixadores da Educação. Quem subiu ao palco foi as cofundadoras, Guilhermina Abreu e Poliana Costa.

Na categoria Geração e Distribuição de Riquezas, a premiada foi a “Cooperativa Dedo de Gente”, representada pelo seu coordenador de Produção, Pedro Henrique Teixeira de Oliveira.

A última categoria do Prêmio José Costa – Produção Responsável e Competitividade – reconheceu a empresa de moda masculina, Urbô. No palco, esteve presente os sócios da empresa, Aloysio Rebello e Matheus Menezes.

Em nome de todos os premiados, Elivs Gaia, diretor-executivo do Codese, agradeceu:

“Esse evento coaduna com tudo que acreditamos no Codese. sem envolvimento nao existe desenvolvimento e esse é um dos principais desafios em projetos colaborativos. Recebi esse desafio de agradecer em nome de todos. A palavra é gratidão pelo apoio, incentivo e mostrar que é possivel”, disse Gaia.

Neste ano, além das oito categorias premiadas, houve um reconhecimento também para Personalidade 2022. Em período histórico de grandes adversidades para a humanidade, o País e o Estado de Minas Gerais, e uma crise que evidenciou ainda mais os grandes desequilíbrios socioeconômicos e ambientais globais, posturas singulares fizeram a diferença e expressaram o melhor do humano reforçando princípios vitais estruturantes da sociedade.

“É uma alegria e honra gigantesca pra mim essa homenagem e incentivo em tempos tão desafiadores e amedrontadores para tanta gente. Sou a filha de uma negra com um branco, uma médica, uma cientista e, acima disso, para fazer com que meu propósito de vida – promover a saúde para todos -, aconteça, o que faço através de múltiplas plataformas é multiplicar lideranças. Aqui ouvi tantas experiências importantes e pensei que a única forma de lidar com os problemas complexos do futuro é termos lideranças e não hierarquia. Precisamos nos entender como semelhantes, e não desiguais. Para mim, isso é saúde, é educação, trabalho, segurança, economia. Para fazer saúde pública temos que entender que todos fazemos parte do processo. Por isso ela é pública, faz parte da nossa Constituição e precisa estar acima de qualquer picuinha”, completou Luana Araújo.