Rolê nas Gerais faz ecoar voz da periferia
Um programa que vem revolucionando a TV aberta por abrir espaço para as periferias e aglomerados da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Esse é o “Rolê nas Gerais”, integrante da grade das tardes de sábados da Globo Minas, e agraciado com o Prêmio José Costa – categoria “Qualidade da Cidadania”.
No ar desde 2020, o Rolê nas Gerais está na terceira temporada com a proposta de contar histórias sobre o cotidiano das pessoas nas comunidades e ampliar as vozes, discursos e cultura potentes nessas regiões.
Para o diretor de jornalismo da Globo Minas, Marcelo Moreira, é justamente este o diferencial do programa, já que, nem sempre essas histórias recebem espaço para romper as fronteiras de seu próprio contexto.
“Cheguei em Minas em 2019 com a ideia de inserir na programação algo que permitisse mostrar esse outro lado das comunidades e da periferia que vemos no hard news. A proposta do Rolê é mostrar o lado bom de quem vive ali, o trabalho, o lazer e a cultura”, resume.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Moreira conta que, quando da idealização do programa, convidou as jornalistas Tábata Poline e Renata do Carmo para tocar o projeto. Hoje, Renata, que também é editora-executiva do Rolê nas Gerais, divide a apresentação com Zu Moreira, que acumula a responsabilidade da produção do programa.
Os assuntos abordados são diversos. Mulheres na construção civil, a música erudita na periferia, a visibilidade LGBTQIA+, criação de conteúdo digital por grupo de jovens periféricos, reciclagem de materiais e a democratização do acesso à literatura são alguns temas desta terceira temporada.
“O Rolê aproxima o jornalismo da Rede Globo com a população da periferia. A proposta é mostrar que a favela não é feita apenas por tráfico e violência. Pelo contrário, a maioria das pessoas que vivem ali é trabalhadora, gente de bem que dá o sangue e rala para levar uma vida digna”, ressalta o diretor.
E a resposta tanto em audiência na TV quanto nas redes sociais é muito boa. As equipes quando vão às ruas fazer matérias para o programa são muito bem recebidas e ganham sugestões de pautas. “De fato, havia uma carência por esse tipo de abordagem”, completa.
Reconhecimento por abordagem de temas caros à periferia
O Rolê nas Gerais também tem conquistado o reconhecimento da crítica. A edição especial “As faces do racismo”, por exemplo, ganhou em 2020 menção honrosa no Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, considerado um dos mais importantes do jornalismo. O programa também é tema de monografias de faculdades de comunicação por seu formato inovador.
E agora em 2022, mais um reconhecimento. O programa foi agraciado na categoria “Qualidade da Cidadania” da oitava edição do Prêmio José Costa. “Nos orgulha muito sermos reconhecidos localmente, por um prêmio consagrado de Minas Gerais. Estamos muito felizes”, resume o diretor.
O Prêmio José Costa nasceu, justamente, para reconhecer as empresas mineiras que se destacam em seus setores e compartilham os mesmos valores e ideais do fundador do DIÁRIO DO COMÉRCIO, José Costa, que nomeia a premiação.
Criada em 2007, por meio de uma parceria entre o DIÁRIO DO COMÉRCIO e a Fundação Dom Cabral (FDC), desta vez, a premiação reconheceu empresas e iniciativas alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), instituídos pela ONU, em 2015. A entrega dos prêmios, que também celebrou 90 anos do veículo, foi realizada no dia 17 de novembro.
Sob o tema “Liderança transformadora para os futuros da humanidade”, empresas, personalidades e entidades foram reconhecidas nas categorias: Qualidade da Cidadania; Qualidade da Democracia; Qualidade de Vida; Qualidade Ambiental; Qualidade da Inovação e Produção Tecnológica; Qualidade da Cultura e Educação; Geração e Distribuição de Riquezas; Produção Responsável e Competitividade e Personalidade 2022.
Ouça a rádio de Minas
