Analistas estimam crescimento do PIB de 0,87% neste ano, aponta Focus

O mercado financeiro aumentou a projeção para o crescimento da economia e reduziu a estimativa de inflação para este ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada de 0,80% para 0,87% em 2019.
Segundo a pesquisa, a previsão para 2020 permaneceu em 2,10%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração nas estimativas: 2,50%.
Inflação – A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo caiu de 3,65% para 3,59%, este ano. Para os anos seguintes não houve alterações nas projeções: 3,85%, em 2020, 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.
A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
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Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6%. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Para o mercado financeiro, ao final de 2019 a Selic estará em 5% ao ano. Para o final de 2020, a estimativa segue em 5,25% ao ano. No fim de 2021 e 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.
Dólar – A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,80 para R$ 3,85 e, para 2020, de R$ 3,81 para R$ 3,82.
IPC-S – O IPC-S de agosto variou 0,17%, ficando 0,05 ponto percentual (p.p) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 2,90% no ano e 3,97% nos últimos 12 meses. As informações foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,15% para -0,36%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -8,07% para -10,75%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (-0,01% para -0,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,18%), Habitação (0,84% para 0,81%) e Despesas Diversas (0,01% para -0,05%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: calçados (0,21% para -0,22%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,01% para -0,29%), tarifa de eletricidade residencial (3,94% para 3,36%) e alimentos para animais domésticos (-0,82% para -1,35%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,13% para 0,13%), Comunicação (0,27% para 0,38%) e Transportes (0,05% para 0,13%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: passagem aérea (-9,61% para -4,57%), tarifa de telefone residencial (1,12% para 1,48%) e etanol (1,44% para 3,16%). (ABr)
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