Finanças

Ativos de países emergentes atraem US$ 15,9 bilhões em investimentos estrangeiros em fevereiro

Apenas as ações da China contabilizaram entradas de US$ 11,2 bilhões em fevereiro. Confira também outros destaques de Finanças
Ativos de países emergentes atraem US$ 15,9 bilhões em investimentos estrangeiros em fevereiro
Notas de 100 dólares | Crédito: Antara Foto/Hafidz Mubarak/via REUTERS

Ativos de países emergentes atraíram US$ 15,9 bilhões em investimentos estrangeiros em fevereiro, em termos líquidos, segundo cálculo do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). Os títulos de dívida mantiveram a resiliência e obtiveram US$ 18,1 bilhões no mês passado, enquanto as ações sofreram perdas de US$ 2,1 bilhões, diz o IIF.

Apenas as ações da China contabilizaram entradas de US$ 11,2 bilhões em fevereiro, em meio ao renovado otimismo com o setor de tecnologia, principalmente nas áreas de inteligência artificial (IA) e semicondutores. O IIF também destaca que Brasil e Chile registraram forte demanda por crédito corporativo em fevereiro, graças a uma melhora das condições de mercado.

Veja, a seguir, outros destaques de Finanças:

Fluxo cambial negativo

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 3,101 bilhões em março até o dia 14, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira (19) o Banco Central (BC). Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$ 3,316 bilhões em março até o dia 14.

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Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de março até o dia 14 foi positivo em US$215 milhões de dólares. Segundo a Reuters, na semana passada, o fluxo cambial total foi negativo em US$ 2,319 bilhões. No acumulado do ano até 14 de março, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$ 10,648 bilhões.

Leilões de dólares

O Banco Central (BC) vendeu na quarta-feira (19) US$ 2 bilhões em dois leilões com compromisso de recompra realizados durante a manhã, informou a autarquia, no que foi a quarta intervenção cambial da gestão do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo. No leilão de linha A, que terá como data de recompra o dia 4 de agosto, o BC aceitou quatro propostas no valor total de US$ 1 bilhão, a uma taxa de corte de 5,205%.

No leilão de linha B, também que terá como data de recompra o dia 3 de setembro, o BC aceitou quatro propostas no valor total de US$ 1 bilhão, a uma taxa de corte de 5,15%. As vendas foram realizadas com base na taxa de câmbio da Ptax das 10h, que marcava R$ 5,6791. De acordo com a Reuters, essas operações, buscam rolar outra operação de linha realizada em 13 de novembro, quando a autarquia vendeu US$ 2 bilhões ao mercado com compromisso de recompra em 2 de abril deste ano.

Recorde histórico do ouro

O ouro teve uma variação limitada na quarta-feira, 19, ainda que tenha atingido um novo recorde histórico impulsionado pela demanda por ativos de refúgio, tensões geopolíticas e compras persistentes do metal por bancos centrais. O contrato de ouro para abril fechou em alta de 0,01%, a US$ 3 041,2 por onça-troy na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, informou o Estadão Conteúdo.

O aumento das tensões no Oriente Médio reforçou a busca por segurança, especialmente após ataques israelenses contra alvos do Hamas em Gaza, que romperam um cessar-fogo de dois meses e elevaram a incerteza sobre a paz regional, conforme escreveram os analistas da ANZ Research. O ouro se manteve firme mesmo diante da valorização do dólar, uma tendência observada recentemente.

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