Finanças

Atratividade foi determinante para desempenho da poupança

Resultado foi o segundo pior da série histórica iniciada em 1995, de acordo com informações do Banco Central
Atratividade foi determinante para desempenho da poupança
Crédito: Adobe Stock

Brasília – O economista Mauro Rochlin, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), considera que a atratividade de outros investimentos frente ao rendimento da poupança é um fator determinante para explicar o resultado da caderneta em 2023.

“O que tem maior peso nesse movimento é o diferencial de taxa de juros entre o que a poupança oferece e o que os produtos concorrentes oferecem. A gente ainda viu uma taxa de juros para títulos do governo, por exemplo, muito mais elevada do que uma aplicação em caderneta de poupança”, afirma.

O economista ressalta que o superendividamento elevado da população também pode ter contribuído para esse cenário. Nesse sentido, aponta que o programa Desenrola Brasil, prorrogado pelo governo Lula (PT) até março deste ano, pode ter algum impacto positivo sobre a poupança e sobre o crédito, de forma geral.

Para ele, essa tendência de saque líquido na poupança pode ser mantida neste ano, apesar do ciclo de queda de juros. Rochlin pondera que a expectativa dos economistas para a Selic ao término de 2024 é de 9% ao ano, conforme o último boletim Focus divulgado pelo BC.

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“A mudança só acontece quando a Selic cai abaixo de 8,5%. Até 8,5%, o rendimento da poupança é de 70% da Selic, o que, mesmo considerando a incidência de Imposto de Renda, torna outras aplicações mais atraentes e rentáveis do que a poupança”, diz.

Uma mudança de cenário, segundo o especialista, pode se concretizar a partir de 2025. (Nathalia Garcia)

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