Finanças

B.Side inaugura escritório na Capital

Com a ampliação do negócio, empresa de investimentos pretende atingir uma carteira de R$ 5 bilhões até 2023
B.Side inaugura escritório na Capital
Na avaliação do economista Otávio Silva, os empresários mineiros estão cada vez mais abertos para produtos mais sofisticados | Crédito: Divulgação

A B.Side Investimentos, companhia do mercado financeiro, que mira no público de altíssima renda, com ticket médio entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, está de filial nova. A empresa abriu recentemente o seu escritório no bairro Serra, na região Centro-Sul da Capital. Com a ampliação do negócio, o objetivo é atingir R$ 5 bilhões em investimentos até o fim de 2023.

Criada na capital paulista, a B. Side vê grandes oportunidades de atuação em solo mineiro. O sócio da unidade em Belo Horizonte, o economista Otávio Silva, destaca que o otimismo vem da perspectiva de um cenário favorável para a mudança de comportamento do investidor mineiro.

“O mercado mineiro é muito conservador e está praticamente concentrado nos grandes bancos, de uma forma limitada ao Banco do Brasil, Bradesco, Banco Itaú, ou seja, nas grandes instituições. No entanto, esses mesmos bancos ficam buscando algumas alternativas para levar a este público, porém nem sempre atendem as expectativas dos investidores e de um mercado em transformação. Então, vemos um potencial muito grande para explorar, tendo em vista que 4,8% do volume financeiro dos investidores private no País estão domiciliados em Minas Gerais”, diz.

O volume mencionado pelo executivo refere-se à soma de aproximadamente 12 mil contas que foram abertas até o último levantamento realizado em junho pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

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Mineiros

No mercado financeiro, os investidores mineiros possuem um perfil diferenciado de outras importantes praças econômicas. Silva exemplifica que os mineiros que conquistaram seus patrimônios, seja pelo empreendedorismo ou pelo agronegócio, especificamente estão cada vez menos dispostos a arriscar. “O empresário de BH diz, e com toda a razão: ‘Risco eu já tomo todos os dias no meu negócio’. Mas eles estão cada vez mais abertos para produtos mais sofisticados, tanto em busca de mais rentabilidade quanto em serviços de estruturação de dívidas, operações de câmbio e proteção patrimonial”.

Projeção

A empresa, ao longo deste ano, arrecadou até o momento R$ 3 bilhões sobre gestão, e dentro de seis meses espera registrar um aporte de R$ 2 bilhões em investimentos como meta. “Nós estamos com a nossa estrutura global madura, e com o escritório de Belo Horizonte montado, e essa expectativa é prevista para um período de seis meses. No entanto, podemos fechar 2023 com R$ 5 bilhões”, prevê Silva.

Ele explica que esse cenário de amadurecimento ocorre após um retrospecto de desenvolvimento de pouco mais de dois anos. “A nossa empresa foi inaugurada em São Paulo entre julho e agosto de 2020, no momento em que vivíamos a realidade da pandemia, e de uma conjuntura econômica estourada. Apostamos lá no início plugar o nosso cliente, que tem um perfil de investimento mais sofisticado, com toda a nossa operação com base numa parceria firmada com o Banco BTG Pactual – parceria por sinal que tem dado muito certo – e que evolui posteriormente para uma ampliação de soluções e reestruturação do modelo de negócios”.

Relacionamento

Atualmente, a empresa possui uma carteira de 800 clientes em todo o Brasil com ativos sob sua assessoria private. E, para ser conhecida na avenida Brigadeiro Faria Lima, uma das principais artérias econômicas do País, foi preciso apostar em relacionamento estratégico.

“No momento em que você começa uma bandeira nova, uma casa que ninguém conhece, é difícil conseguir clientes. Os nossos primeiros seis meses de empresa foram os mais difíceis. Mas, como diferencial apostamos em relacionamento, investimos na contratação de talentos, trazendo profissionais renomados no mercado financeiro com carteiras mais consolidadas”, relembra o sócio-diretor.

No primeiro ano de operação, a B. Side Investimentos bateu o volume de R$ 1 bilhão em captação, além de ser classificada entre as 10 principais assessorias de investimentos parceiras do Banco BTG Pactual. Já no final de 2021, a companhia registrou R$ 2 bilhões no volume em captação, após a entrada de mais sócios para o negócio. Recentemente, a B. Side fez fusão com uma companhia de investimentos também paulista abocanhando um aporte de R$ 500 milhões.

“No final de 2021 tínhamos aproximadamente 21 sócios e duplicamos essa quantidade neste ano. À medida que mais sócios entram, maior se torna o nosso crescimento”, avalia Otávio Silva, enfatizando que a escolha pelo modelo de sociedade contribui para o crescimento em investimentos. Já o crescimento em investimentos, segundo ele, é uma consequência da captação para o core business.

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