Banco do Nordeste injeta mais de R$ 3 bilhões em Minas Gerais

O Banco do Nordeste (BNB) segue ampliando a atuação em Minas Gerais e impulsionando a oferta de operações de crédito. Entre janeiro e setembro, a instituição financeira ultrapassou R$ 3 bilhões em contratos fechados com empreendedores – montante 15% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Ao todo, foram realizados 203 mil contratos no período, que foram assinados com empreendimentos de pequeno, médio e grande porte de todos os setores da economia – um avanço de 16,3% na comparação com 2023.
Segundo o superintendente do Banco do Nordeste para Minas Gerais, Wesley Maciel, o resultado é reflexo de esforços que unem a aproximação com pequenos empreendedores. “Implementamos ações para nos aproximar cada vez mais das carteiras e isso repercutiu na elevação dos créditos para esse público, que é um segmento importante para a economia brasileira”, analisa.
Além das ações promovidas pelo banco, Maciel destaca que políticas públicas como o Plano Safra elevaram oportunidades para a agricultura familiar, impulsionando linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para o público prioritário. Somente em 2024, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cerca de R$ 400 bilhões estão destinados a financiamentos, um aumento de 10% em relação à safra anterior.
Do total de operações contratadas, R$ 2,4 bilhões está distribuído em crédito para diversos setores da cadeia produtiva, utilizando o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos da instituição. Um terço deste valor está concentrado nos setores de pecuária (R$ 706,5 milhões), agricultura (R$ 353,3 milhões) e agroindústria (R$ 10,2 milhões).
Para Maciel, os recursos agrícolas contratados refletem o potencial de investimentos no Norte de Minas Gerais, que tem se firmado cada vez mais como uma importante fronteira do agronegócio. Agricultores na região seguem investindo em tecnologias, como a genética de ponta na pecuária de corte, além do cultivo de soja, fruticultura, grãos e café irrigados a partir da água encontrada em abundância no subsolo.
“O que no passado era visto como rudimentar, hoje está cada vez mais profissionalizado, atraindo empreendedores do Brasil inteiro que tem adquirido terras e buscam por financiamentos do banco”, pontua o superintendente.
Além de atender empreendedores, a instituição conta com o programa de microcrédito urbano Crediamigo, voltado para pessoas físicas que atuam na informalidade. A iniciativa é a maior da categoria no continente e disponibiliza até R$ 21 mil em recursos voltados para capital de giro.
O montante, próprio do Banco do Nordeste, foi responsável por injetar cerca de R$ 482 milhões na economia mineira até o terceiro trimestre deste ano. “Temos assessores treinados que visitam esses empreendedores e eles indicam amigos, que também indicam outros profissionais na mesma condição”, detalha Maciel.
Ampliação para o Vale do Rio Doce foi decisiva
Outra novidade citada como decisiva para os avanços nas operações de crédito neste ano é a ampliação da atuação do Banco do Nordeste em Minas Gerais. Em dezembro de 2023, a instituição financeira inaugurou a primeira agência em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce e desde então, segue ampliando na região.
Atualmente, 76 novos municípios podem ser atendidos em uma área maior que o estado de Sergipe. A medida foi possível graças a uma ampliação no perímetro da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que viabilizou a inserção de agências da marca na região.
Além de Governador Valadares e Aimorés, o banco pretende inaugurar outras três unidades na região, em Guanhães, Inhapim e Mantena, totalizando 24 pontos em Minas Gerais. “O banco tem uma limitação legal e só pode atender quando o governo permite. No momento, seguimos como agentes promotores do desenvolvimento, principalmente com foco em diminuir desigualdades regionais em Minas Gerais. Ainda existem muitas carências e a presença do banco é importante”, avalia Maciel.
Para o último trimestre, a expectativa, segundo ele, é crescer no mínimo 10% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os avanços, entretanto, podem ser ainda mais otimistas podendo chegar a 20% a depender do crescimento das aplicações totais.
Entre as ações destacadas pelo superintendente estão a expansão de projetos de parques solares. “Quem empreende precisa de energia. Nesta reta final do ano estamos priorizando projetos de placas solares para expansão de parques e disponibilizamos insumos fundamentais para o desenvolvimento de Minas Gerais”, finaliza.
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