BC prevê impacto da tragédia no Rio Grande do Sul nas expectativas do mercado

Brasília – O Banco Central (BC) prevê impacto negativo da tragédia no Rio Grande do Sul sobre as expectativas do mercado financeiro coletadas pelo boletim Focus, afirmou nesta segunda-feira (6) o chefe do Departamento de Estatísticas da instituição, Fernando Rocha.
“Quando a gente olha em termos de projeção, esse desastre tem impactos na safra agrícola, no comércio, nas vendas, no emprego, no conjunto da atividade econômica do Rio Grande do Sul e por conta disso de todo o país”, disse Rocha durante live do BC sobre a pesquisa.
O caso foi usado pelo técnico do BC para exemplificar como eventos imprevistos mudam a tendência esperada para os indicadores econômico e afetam as projeções feitas pelos analistas da iniciativa privada.
“Esse é um exemplo concreto, atual, doloroso, mas é um exemplo de eventos que ocorrem no período em que estão acontecendo as projeções [para economia brasileira]”, afirmou.
O boletim Focus é divulgado semanalmente trazendo a evolução gráfica e o comportamento das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores.
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Rocha também demonstrou solidariedade às pessoas afetadas pelos temporais na região. “Todos os esforços, as ações governamentais e os recursos da sociedade têm de ser agora voltados para salvar a vida dos nossos irmãos e irmãs gaúchos e gaúchas que estão sendo afetados por essa tragédia”, afirmou.
No domingo (5), a diretoria do BC divulgou uma nota de apoio à população do Rio Grande do Sul, que enfrenta situação de extrema calamidade com chuvas e enchentes.
“A diretoria expressa de forma especial seu apoio aos servidores e colaboradores do Banco Central que atuam na capital gaúcha e seus respectivos familiares. Temos certeza que, em breve, o Rio Grande do Sul estará de volta, contribuindo, como sempre, para o desenvolvimento econômico do Brasil”, afirmou.
Até a manhã desta segunda, foram confirmadas 83 mortes em decorrência da tempestade que atingiu a região ao longo da última semana. De acordo com a Defesa Civil, são 111 desaparecidos, 291 feridos, 20.070 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 129.279 desalojados.
O governo federal reconheceu no domingo estado de calamidade pública em 336 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. (Por Nathalia Garcia)
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