Finanças

Exclusivo: BDMG bate novo recorde de desembolsos no 1º semestre

Operações de crédito do banco chegaram a R$ 1,42 bilhão, uma expansão de 31% frente ao mesmo período do ano passado, enquanto o volume de captação atingiu R$ 1,11 bilhão
Exclusivo: BDMG bate novo recorde de desembolsos no 1º semestre
Fachada do prédio do BDMG | Foto: Divulgação BDMG

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) encerrou o primeiro semestre com mais um recorde no desembolso de crédito. Ao todo, a instituição financeira emprestou R$ 1,42 bilhão, volume 31% superior ao mesmo período de 2023, quando as cifras somaram R$ 1,07 bilhão. Outro registro histórico alcançado pelo banco de fomento no período diz respeito ao volume inédito de captação, que chegou a R$ 1,11 bilhão.

Segundo o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, o montante equivale a quase 80% de todo o volume captado ao longo de 2023, de R$ 1,4 bilhão. 

“Estamos maiores e melhores. Mas não estamos satisfeitos. Nunca estaremos. A orientação do governador Romeu Zema (Novo) é contribuirmos cada vez mais com as micro e pequenas empresas e também com as prefeituras. E é isso que temos perseguido, cumprindo à risca o mandato, trabalhando também pela qualificação dos nossos desembolsos, por meio do financiamento de investimentos que gerem renda e emprego para o Estado”, disse o presidente em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio.

Prova disso, conforme o BDMG, é que, com os desembolsos dos seis primeiros meses de 2024, foi incentivada a geração de 34 mil empregos em Minas Gerais. No mesmo período, as empresas tomadoras de crédito acumularam cerca de R$ 2,5 bilhões em faturamento e geraram R$ 52 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para o Estado.

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Presidente do BDMG
Gabriel Viégas Neto, em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio | Crédito: Ana Carolina Dias Schenk / Diário do Comércio

Tamanho é o círculo virtuoso que as taxas de inadimplência do banco também estão menores. Conforme o executivo, enquanto o mercado financeiro em geral apresenta níveis entre 2,8% e 3,7% de débitos em atraso, o banco de fomento de Minas vem apresentando, mês após mês, níveis próximos a 1%.

Setores

Na divisão por setores, todos os segmentos de negócios do banco alcançaram desempenho superior ao de 2023. No primeiro semestre, foram liberados R$ 244 milhões para as micro e pequenas empresas, crescimento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 185 milhões), por exemplo. Já para o setor público/prefeituras, o valor desembolsado foi de R$ 187,1 milhões alta de 77% versus os R$ 105,7 milhões dos primeiros seis meses de 2023.

Ao todo, incluindo setores público e privado, 475 cidades mineiras receberam crédito da instituição financeira. Isso significa presença em mais da metade das cidades do Estado somente no primeiro semestre.

“O banco tem crescido de forma relevante. Hoje já cobrimos quase 800 municípios do Estado por meio dos correspondentes, mas temos capacidade de atender a todos os 853”, detalhou Viégas.

Isso tem permitido aumentar a capilaridade do BDMG no interior. É que, apesar do ano eleitoral, as prefeituras seguiram buscando crédito para obras municipais no período de janeiro a junho, fazendo com que os desembolsos para a área saltassem 77%, somando R$ 187,1 milhões. A título de comparação, no primeiro semestre de 2023 esse número chegou a R$ 105,7 milhões.

Recursos são canalizados para o desenvolvimento de 212 municípios mineiros

Ao todo, 212 municípios receberam crédito do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) no primeiro semestre, ou seja, um quarto das prefeituras mineiras. Os recursos foram destinados ao desenvolvimento de projetos e obras de infraestrutura, saneamento, iluminação pública, aquisição de equipamentos, entre outras.

“São iniciativas alinhadas à política do governo de Minas de levar desenvolvimento a todas as regiões do Estado. O resultado é o melhor dos últimos dez anos para a área de municípios do banco. O saldo é ainda mais significativo considerando que 2024 traz restrições legais para novas contratações em função das eleições”, reforçou o presidente do banco, Gabriel Viégas.

O executivo também destacou a continuidade dos esforços para pulverizar as fontes de captação de recursos. Conforme ele, a meta é trazer um volume maior de capital externo. “E o nosso grande diferencial é que garantimos que todos esses recursos serão aplicados em Minas Gerais”, frisou.

Questionado se a dívida do Estado com a União pode prejudicar, de alguma forma, os planos e as expectativas do banco, Viégas respondeu que “toda externalidade pode prejudicar ou atrapalhar”. Mas garantiu que nada deixará de ser feito. “Ter um Estado com as finanças equilibradas ajuda no custo de captação, já que tem relação com as notas de riscos. Por isso, considero importantíssimo aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF)”, opinou.

Por fim, o presidente esclareceu sobre o encerramento das atividades do braço cultural do banco, o BDMG Cultural, em meados de abril. Primeiramente, o executivo falou que a decisão partiu do Conselho de Administração. Ele também destacou a premissa básica da instituição de fomento de prezar pela eficiência de suas operações.

“A medida foi tomada em cima da premissa eficiência, tendo como base gastos e orçamentos. E grande parte dos recursos destinados ao braço cultural era destinada à estrutura. Nossos recursos incentivados não deixarão de ir para os projetos. Estamos apenas trocando o meio e fazendo tudo de forma respeitosa com as pessoas, o acervo e a história, de maneira a tornar nossas destinações mais eficientes”, concluiu.

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