Finanças

Bitcoin cai mais de 3% e tem menor valor desde maio; Bolsas pelo mundo voltam a cair

É o valor mais baixo desde 5 de maio, quando o bitcoin valia US$ 94,73 mil
Bitcoin cai mais de 3% e tem menor valor desde maio; Bolsas pelo mundo voltam a cair
O BC abriu consulta pública sobre regramentos para ativos virtuais em janeiro | Crédito: Dado Ruvic / Reuters

O bitcoin atingiu nesta sexta-feira (14) o seu menor valor em sete meses ao cair mais de 3% em virtude da fuga dos investidores de ativos de risco e dos questionamentos sobre as ações de tecnologia.
A principal criptomoeda chegou a despencar 3,9%, sendo cotada a US$ 94,81 mil (R$ 503,4 mil) por volta das 10h30 (horário de Brasília). Uma hora depois, ela reduziu a perda e estava a US$ 96,55 mil, queda de 2,33%.


É o valor mais baixo desde 5 de maio, quando o bitcoin valia US$ 94,73 mil. Depois disso, ele teve uma grande valorização e chegou ao recorde de US$ 126,44 mil em 6 de outubro. A partir de 10 de outubro, passou a enfrentar uma forte desvalorização que culminou na queda desta sexta.


A performance do bitcoin acompanha a queda das ações das empresas de tecnologia, que vêm sofrendo perdas desde o início do mês, com a preocupação sobre uma valorização excessiva das companhias de inteligência artificial, que estavam impulsionando o mercado neste semestre.


“As pessoas já perceberam a supervalorização do mercado, ela já existe há algum tempo, mas finalmente estão agindo de acordo. O movimento de alta repentina está começando a se desfazer”, afirmou Joe Saluzzi, sócio e cofundador da Themis Trading.


“Quando a situação piorar como a que estamos vendo esta manhã, eles vão liquidar todas as posições. Não há margem para investimentos seguros”, complementou.


As Bolsas voltaram a viver um dia de queda nesta sexta. Em Nova York, a Nasdaq, onde estão as big techs, operava com perda de 0,48%, às 12h07 (de Brasília), caminhando para a segunda semana consecutiva no negativo e a quinta sessão seguida de perda. O índice Dow Jones caía 1,16%, e o S&P 500, 0,64%.


Na Europa, o índice STOXX 600, referência na União Europeia, sofria perda de 1,07%, com as principais Bolsas do continente seguindo a tendência: Paris (-0,97%), Madri (-1,70%), Milão (-1,74%), Londres (-1,31%) e Frankfurt (-0,82%).


A Ásia também viveu um dia de desvalorização, com o índice SSEC, de Xangai, recuando 1%, e o CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechando em queda de 1,6%.


As ações do setor de tecnologia lideraram o declínio, após fortes vendas em Wall Street da Nvidia e de outros pesos pesados da inteligência artificial, que foi parcialmente desencadeada pela redução das chances de um corte nas taxas de juros dos EUA em dezembro.


Os investidores aguardam a volta da divulgação de dados econômicos dos EUA, que foi interrompida pela paralisação do governo norte-americano. Com o término do ‘shutdown’ após 43 dias, o maior da história, a expectativa é que os dados voltem a ser coletados para que as estatísticas sejam atualizadas.


Os relatórios sobre PIB (Produto Interno Bruto) e mercado de trabalho, importantes referências para o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) determinar a taxa de juros, não são divulgados desde o fim de setembro e não há uma estimativa do seu retorno.

Conteúdo distribuído por Folhapress

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas