Bolsonaro pede juros compatíveis com Selic

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro defendeu, na sexta-feira (29), que as instituições bancárias do País adotem taxas de juros compatíveis com a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 5% ao ano.
Na entrada do Palácio do Alvorada, onde cumprimentou um grupo de eleitores, ele elogiou a resolução aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) que criou um limite de 8% ao mês às taxas de juros cobradas pelos bancos caso o cliente precise usar o cheque especial.
O presidente ressaltou que, a partir de agora, cada instituição financeira terá de mostrar a taxa de juros adotada por ela para comprovar que houve uma redução e disse que o País caminha para que os financiamentos se adaptem à taxa básica de juros.
“Foi bom o anúncio dos juros, do cheque especial. Pedido do Banco Central. Agora, cada instituição financeira (vai ter que mostrar) quanto é o juro, para a gente mostrar que houve a redução. Não é um canetaço, foi decidido pelo CMN”, disse.
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O cheque especial é o nome dado ao crédito liberado pelo banco caso o cliente necessite efetuar pagamentos ou transferências e sua conta não tenha saldo suficiente. De acordo com os técnicos do Banco Central, hoje os juros médios do crédito especial são de 306% ao ano. Ao mês, o percentual fica por volta de 12%.
“O Brasil caminha nessa direção, os números passarem a ser compatíveis com a taxa de juros e com aquilo que estamos fazendo na economia”, afirmou o presidente.
Contrapartida – Por outro lado, a resolução libera os bancos a cobrarem uma tarifa de 0,25% sobre o limite total de cheque especial para o cliente que tiver o produto disponível para uso. O valor é descontado dos juros de cheque especial caso o cliente use o produto.
Quem tem limite de até R$ 500 ficará isento da tarifa. De acordo com o BC, 19 milhões de clientes se encaixam nessa isenção, de um universo total de 80 milhões de usuários de cheque especial.
A isenção para a faixa de limite de até R$ 500 é estendida a todos os clientes (ou seja, quem tem um limite de R$ 600 paga a tarifa apenas sobre os R$ 100 restantes).
Apesar do discurso liberal da equipe econômica, o BC acabou estabelecendo um teto para a cobrança dos bancos no cheque especial. (Folhapress)
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