Brasil tem fluxo cambial negativo em dezembro

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 2,64 bilhões em dezembro até dia 6, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira (11) o Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. De acordo com a Reuters, pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$ 3,254 bilhões em dezembro até dia 6.

Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de dezembro até dia 6 foi positivo em US$ 612 milhões. No acumulado do ano até 6 de dezembro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de US$ 5,859 bilhões.

Veja, a seguir, outros destaques de Finanças:

Investimentos em mercados emergentes

O crescimento global desacelerará em 2025 e os investidores estrangeiros devem reduzir em quase 25% o dinheiro que enviam para mercados emergentes, à medida que as políticas do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repercutirem, disse na quarta-feira o disse o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).

As ameaças de tarifas, um dólar mais forte e cortes mais lentos do que o esperado na taxa de juros pelo Federal Reserve já estão afetando os planos dos investidores, alertou a entidade, segundo a Reuters. “O ambiente para os fluxos de capital tem se tornado mais desafiador, moderando o apetite dos investidores por ativos de risco”, ressaltou e o IIF em seu relatório semestral. A mudança está atingindo a China com mais força, e os mercados emergentes fora da China devem atrair fluxos “robustos” de títulos e ações, líderados por economias ricas em recursos no Oriente Médio e na África.

Fortalecimento do iuan

As bases para uma taxa de câmbio do iuan “basicamente estável” continua “sólida”, de acordo com um artigo publicado na quarta-feira pelo Financial News, veículo do Banco do Povo da China. O mercado de câmbio está operando de forma estável, e é provável que o iuan se estabilize e se fortaleça até o final deste ano, segundo o artigo.

Os principais líderes e autoridades da China estão considerando permitir que o iuan se enfraqueça em 2025, enquanto se preparam para tarifas comerciais mais altas dos Estados Unidos com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, informou na quarta a Reuters.