BTG Pactual acredita em mercado de dívida corporativa melhor no 2º trimestre

São Paulo – O BTG Pactual espera uma melhora no mercado de dívida corporativa no segundo trimestre em relação ao desempenho dos três primeiros meses do ano, afirmou nesta segunda-feira (12) o diretor financeiro do maior banco de investimentos da América Latina, Renato Cohn.
O executivo destacou que janeiro foi um mês muito ruim, com previsões mais negativas após dezembro com volatilidade forte, em que o dólar rondou os R$ 6,20 e as taxas de juros subiram muito. “Perdeu um pouco de referência de preço, ficou difícil para as empresas virem a mercado e emitir títulos”, afirmou.
“O mercado dá uma parada em janeiro… Fevereiro já foi um pouco melhor que janeiro, e março foi bem melhor do que fevereiro e janeiro. E abril também foi mais em linha com o que aconteceu em março. Então, a gente espera uma melhora quando você comparar o segundo trimestre com o primeiro.”
“Vai ter um volume muito maior de operações colocadas no mercado”, afirmou em conversa com jornalistas, referindo-se especificamente ao mercado de emissão de dívida corporativa.
No mercado de fusões e aquisições (M&As), Cohn disse acreditar que, olhando para o pipeline, muitas operações podem ocorrer este ano. “É difícil precisar quando vai sair… mas achamos que haverá um volume maior de operações fechando nos próximos trimestres”, afirmou.
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Em relação ao mercado de ações, o executivo destacou que a bolsa tem estado bastante deprimida nos últimos trimestres, mas que uma melhora, com o Ibovespa voltando para máximas históricas, pode impulsionar follow-ons e até, eventualmente, IPOs.
“Normalmente, primeiro acontecem os follow-ons, as emissões secundárias de empresas que já estão listadas e vão fazer alguma colocação, um aumento de capital”, disse. “Para um IPO… tem que ter condições melhores. Mas com essa melhora na bolsa, eventualmente você pode voltar a ter alguma atividade no mercado de ações”.
O CFO afirmou que há várias empresas que estão preparadas já há algum tempo e elas obviamente vão procurar o melhor momento e as melhores condições. “Se vai dar tempo de fazer em 2025, difícil dizer, eu adoraria dizer que sim”, acrescentou, lembrando que o último IPO no Brasil foi em 2021.
Reportagem distribuída pela Reuters
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