Campos Neto diz que ruídos impactam expectativas do Banco Central

São Paulo – O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, elencou alguns ruídos que têm impactado nas expectativas, como as dúvidas sobre quando os Estados Unidos vão começar o ciclo de queda dos juros (para ele, pode acontecer já no fim deste ano), a piora dos resultados fiscais no Brasil, a condição para atuação da política monetária e a transição de presidência no BC, além das incertezas sobre o Rio Grande do Sul e a geopolítica.
Sobre a transição no Banco Central com sua saída, a resposta do mercado após a última decisão de juros reflete os receios do mercado de intervenção do governo federal nos trabalhos da autoridade monetária.
Em maio, o BC reduziu o ritmo de queda da taxa básica Selic, mas com racha na decisão entre os diretores indicados pelo atual governo e os da gestão passada.
O mercado leu esse cenário como uma possível mudança de rumo no BC após a saída de Campos Neto no fim deste ano e a entrada de um indicado pelo governo Lula. Como resposta, os contratos de juros futuros de longo prazo subiram.
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Campos Neto observou que, diante dessa incerteza, o Banco Central decidiu retirar o forward guidance (previsões sobre decisões de juros) nos últimos comunicados do Copom (Comitê de Política Monetária (Copom). (Stéfanie Rigamonti)
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