Finanças

Inflação e emprego puxam alta no Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte

A variação positiva é explicada pela melhora na percepção da população em quatro dos seis componentes do índice
Atualizado em 27 de março de 2024 • 23:46
Inflação e emprego puxam alta no Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte
Foto: Alessandro Carvalho/Arquivo/Diário do Comércio

O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC-BH) apresentou o primeiro resultado positivo desde dezembro do ano passado, registrando alta de 1,19% em março de 2024 quando comparado ao mês anterior. Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), o índice agora marca 42,34 pontos frente aos 41,84 pontos de fevereiro.

A variação positiva do Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte em março é explicada pela melhora na percepção da população em quatro dos seis componentes do índice, como Inflação (7,45%), Emprego (6,86%), Situação Econômica do País (4,61%) e Situação Financeira da Família em Relação ao Passado (3,24%). Por outro lado, a percepção da população sofreu redução nos componentes Situação Financeira da Família Atual (-4,85%) e Pretensão de compra (-0,91%).

Em relação aos componentes Inflação, Emprego e Situação econômica do País, a percepção continua se mantendo abaixo dos 50 pontos, simbolizando a passagem entre pessimismo e otimismo da população a respeito da conjuntura econômica geral e familiar.

De acordo com o economista do Ipead, Diogo Santos, esse cenário pode ser atribuído à inflação dos alimentos que vem ocorrendo desde novembro do ano passado. “Agora, que a inflação deu uma amenizada, as famílias ainda sofrem com o endividamento, o que não é uma situação confortável”, ponderou.

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A avaliação da população em relação à inflação se encontra em 29,78 pontos, ao emprego em 38,50 pontos e à situação econômica do País em 32,78 pontos. Em contrapartida, tanto a percepção sobre a Situação financeira atual das famílias quanto a Situação financeira em relação ao passado têm se mantido acima de 50 pontos.

Mesmo com o ICC-BH acumulando duas reduções consecutivas e crescimento em março, o resultado é um retorno aproximado ao patamar de janeiro de 2024. Portanto, houve uma reversão positiva nos ganhos observados até então no índice de confiança do consumidor de BH.  “O índice tem a função de ajudar os comerciantes a conhecer as expectativas dos consumidores e se prepara para atender demandas. Os empresários podem esperar um sentimento otimista dos consumidores que pode se reverter em compras”, afirmou Santos.

Confiança em alta nos últimos 12 meses em Belo Horizonte

Em 2024, o ICC-BH registra redução de 3,30% e nos últimos doze meses alta de 1,93%. O Índice de Expectativa Econômica do País (IEE) subiu 6,26% em março e a melhora na percepção da população em relação à inflação foi o fator principal a gerar este incremento, conjuntamente com os outros dois componentes deste grupo que também subiram.

Já o Índice de Expectativa Financeira da Família (IEF) registrou queda de -2,49% em relação a fevereiro de 2024. Essa diminuição foi impulsionada principalmente pelo recuo na Situação Financeira da Família Atual que apresentou variação negativa de 4,85% em março. A pretensão de compras também caiu e apresentou redução de 0,91% neste mês.

A pesquisa conduzida pela Fundação Ipead também apresenta os grupos de bens e serviços que os consumidores planejam adquirir nos próximos três meses, com Vestuário e calçados (14,67%), Eletrodomésticos (12,44%) e Móveis (10,67%) liderando em termos de intenção de compra.

A pesquisa também indicou que a proporção de mulheres com intenção de compra nos meses seguintes é um pouco menor em comparação a dos homens, com percentuais de 74,57% e 75,68%, respectivamente. As mulheres entrevistadas frequentemente mencionaram os segmentos de Eletrodomésticos, Vestuário e Calçados e Móveis como principais escolhas para compras no futuro próximo. Já os homens, mostram maior inclinação para adquirir produtos do grupo Vestuário e Calçados, Veículos e Móveis.

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