Consumidores apontam a alimentação como a mais impactada pela inflação País

Neste final de 2021, a alta da inflação, para quase 70% dos brasileiros entrevistados, está impactando na alimentação e no consumo diário das famílias, e ainda 42% avaliam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível. Os dados são da quarta edição do Rada Febraban, divulgado ontem pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
A pesquisa mostra também que, em caso de melhora da situação financeira e de sobra de recursos do orçamento doméstico, a principal opção de investimento dos respondentes é a compra de imóvel: 35%, sendo este o maior percentual desde o início da série histórica da pesquisa. Em seguida, vêm os investimentos bancários (22%), a reforma da casa (18%) e a aplicação na poupança (18%).
Além disso, recente alta da inflação prejudica a alimentação e o consumo diário, para a quase 70% dos brasileiros neste final de 2021 e 42% avaliam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível.
“A pesquisa mostra que a percepção sobre a inflação tem peso relevante pelo impacto direto no poder de compra e na qualidade de vida da população, mas por outro lado, sugere ainda que o desejo dos consumidores em comprar imóvel em 2022 pode animar o setor imobiliário no próximo ano”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), responsável pela pesquisa.
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Além do impacto na alimentação, 42% dos consultados apontam que o principal impacto da inflação é no preço do combustível e outros. 19% consideram que a inflação impacta, sobretudo, o pagamento de serviços de saúde e remédios.
Bancos
A confiança nos bancos manteve o bom patamar de setembro, próximo a 60%. Apesar de algumas oscilações, permanece elevada a percepção da contribuição positiva dos bancos para o desenvolvimento da economia, a geração de empregos, a ajuda ao País e às pessoas no enfrentamento da crise sanitária.
Com resultado bastante próximo ao dos bancos, a confiança nas fintechs sofreu inflexão de 3 pontos, saindo de 59% para 56%. Quanto às empresas privadas em geral, a confiança também apresentou estabilidade: 54%, mesmo resultado de setembro.
Da mesma forma, a percepção de contribuição positiva dos bancos para o desenvolvimento da economia brasileira saiu de 61% em setembro para 58%, acompanhando a estabilidade da confiança e mantendo-se acima do patamar registrado no primeiro semestre de 2021.
Quanto à geração de empregos, 51% percebem uma contribuição positiva dos bancos, o que representa uma diminuição de 3 pontos em relação à onda anterior (54%). Ainda assim, o patamar atual mantém-se mais favorável que o de março (40%) e junho (43%).
Permanece crescente a percepção de contribuição positiva dos bancos para ajudar o país, a população e seus clientes a enfrentarem a crise do coronavírus: 58% em dezembro, contra 57% em setembro, 52% em junho e 45% em março.
Um contingente de 48% reconhece uma contribuição positiva dos bancos na melhoria da qualidade de vida das pessoas, praticamente o mesmo resultado de setembro (49%).
O nível de satisfação da população bancarizada com o atendimento prestado pelos bancos se manteve praticamente no mesmo patamar de setembro, indo de 71% para 70% – muito satisfeitos 11% e satisfeitos 59%. Na outra ponta, 27% dos entrevistados dizem-se insatisfeitos com o atendimento bancário – muito insatisfeitos (7%) e insatisfeitos (20%).
Pix
Desde a implantação do Pix, sua aprovação teve crescimento expressivo, de 9 pontos, passando de 76% para 85% e já tem a adesão de 71% dos brasileiros.
Entre os jovens de 18 a 24 anos, a aprovação ao Pix alcança quase a totalidade dos respondentes (99%). Na faixa de 25 a 44 anos, esse número fica no patamar de 90% ou mais também na faixa de 25 a 44 anos (96%);
Entre quem tem ensino médio (90%) e ensino superior (92%); e na faixa de renda de mais de 5SM (90%).
Os que têm 60 anos ou mais mostram-se os menos entusiasmados com o Pix, com aprovação, ainda assim muito alta, de 65%, e desaprovação de 22%.
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