Finanças

Copom define taxa de juros nesta quarta (6), com expectativa de aceleração no ritmo de alta

A piora no cenário econômico nos últimos 45 dias é o motivo apontado para a aceleração do ritmo de alta de juros
Copom define taxa de juros nesta quarta (6), com expectativa de aceleração no ritmo de alta
Foto: Adriano Machado/ Reuters

O Comitê de Política Monetária (Copom) define nesta quarta-feira (6) qual será a próxima taxa básica de juros vigente no Brasil. A reunião de autoridades do Banco Central (BC), segundo especialistas, deve ser a segunda deste ano a aumentar a Selic.

Economistas ouvidos pela reportagem veem necessidade de um choque maior de juros para levar a inflação para a meta devido a uma série de fatores, sobretudo ao risco fiscal, e esperam uma alta de 0,5 ponto percentual nesta semana.

A piora no cenário econômico nos últimos 45 dias é o motivo apontado para a aceleração do ritmo de alta de juros. A depreciação cambial, diante de incertezas no ambiente internacional com as eleições nos Estados Unidos, a piora adicional nas expectativas de inflação e a resiliência da atividade econômica colocam pressão extra sobre a decisão.

Os economistas ouvidos pelo BC para o boletim Focus também previram alta mais acelerada da Selic no levantamento desta semana, divulgado na segunda-feira (4). Os analistas esperam, ainda, um novo aumento de 0,5 ponto percentual na reunião do Copom de dezembro – o que levaria a Selic a terminar o ano em 11,75%.

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Em eventos nas últimas semanas em Washington, os membros do BC alertaram repetidas vezes que o risco fiscal adicionou prêmios às expectativas e aos preços de ativos e que, se não houver um choque positivo nas contas públicas, não será possível diminuir a Selic.

A última reunião, em setembro, elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano. A decisão foi unânime entre os membros do colegiado, com Gabriel Galípolo – o próximo presidente do BC, indicado ao cargo por Lula – alinhado ao atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.

O aumento de juros em setembro foi o primeiro em mais de dois anos – em agosto de 2022, a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. A Selic ficou um ano parada naquele patamar até o início do processo de flexibilização do aperto monetário em agosto do ano passado.

Reportagem distribuída pela Folhapress

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