Finanças

Crédito do Banco do Nordeste pode superar R$ 2,2 bilhões em Minas Gerais

Entre janeiro e outubro, as contratações de crédito junto ao Banco do Nordeste somaram R$ 1,97 bilhão
Crédito do Banco do Nordeste pode superar R$ 2,2 bilhões em Minas Gerais
A contratação de crédito do BNB em Minas chegou a R$ 1,97 bilhão de janeiro a outubro | Crédito: Divulgação/BNB

Em Minas Gerais, a demanda pelos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), administrado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), está em alta. A estimativa é encerrar o ano superando o piso estipulado, inicialmente, para o Estado, que é de R$ 2,2 bilhões em desembolsos. Somente nos dez primeiros meses de 2023, as liberações de crédito do Banco do Nordeste para Minas Gerais já somam R$ 1,97 bilhão, representando, assim, um aumento de 34,9% frente ao volume de R$ 1,46 bilhão contratado em igual período de 2022.

De acordo com o superintendente estadual do BNB em Minas Gerais, Wesley Maciel, o desempenho do BNB em 2023 está muito positivo. 

“Todas as nossas linhas de desembolso cresceram. O banco tem feito esse posto de retomada da economia. Nós temos reforçado as ações das agências e estamos também ampliando a prospecção. Além disso, nós tivemos uma questão muito potente da criação da nova área, a região do Rio Doce. Isso tem nos ajudado a avançar. Não é só ela que tem puxado, mas tem contribuído bastante”, avalia.

Infraestrutura

Outro avanço bastante expressivo são os contratos para infraestrutura, que estão sendo puxados por investimentos, principalmente, na geração de energia solar. A linha é a que apresenta o maior volume de recursos contratados. 

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Com o resultado favorável registrado até outubro, a estimativa é superar o valor inicial estipulado para o Estado, R$ 2,2 bilhões, que é a meta mínima que deve ser aplicada em Minas. 

“Nós ainda teremos os desembolsos de novembro e dezembro. Nós já temos, dentro de casa, mais de R$ 300 milhões em propostas em análise e que, seguramente, vão permitir que a gente supere a meta. Lembrando que essa meta é um piso, não podemos fazer menos que isso. À medida que a gente vai tendo bons projetos, o banco faz uma realocação desses recursos. Buscando, por exemplo, de uma outra superintendência que talvez não tenha conseguido aplicar o valor em sua totalidade”, explica.

Crédito liberado pelo Banco do Nordeste cresce 34,9% em Minas

Conforme os dados do BNB, as contratações de crédito do FNE, em Minas, de janeiro a outubro, já somam R$ 1,97 bilhão, um crescimento de 34,9%. Dentre as linhas, a de infraestrutura é responsável pela maior parte dos recursos. Ao todo, os contratos já chegam a R$ 512,4 milhões, representando uma expansão de 276% quando comparado com os dez primeiros meses de 2022.

“Em infraestrutura, a alta demanda se deve àquela vocação natural de Minas Gerais em gerar energia. Nós temos o Norte de Minas, que é semiárido e com potencial de radiação solar muito forte como o Nordeste, mas que tem um parque industrial muito desenvolvido. Assim, você tem grandes consumidores em Minas. Então, ano após ano, a gente tem recebido demanda para investimento em geração de energia, com destaque para o Norte de Minas”, ressalta.

Os recursos voltados para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) também estão com a demanda aquecida. Ao todo, a contratação atingiu R$ 439,2 milhões, superando em 29,5% os R$ 339 milhões registrados anteriormente. Para o Agroamigo, o valor chegou a R$ 392,7 milhões, representando um incremento de 31,8%.

Conforme Maciel, a ampliação dos limites de crédito para a agricultura familiar ajuda a impulsionar os valores que são desembolsados. 

“O novo Plano Safra ampliou os valores para a agricultura familiar. Então, os números do Agroamigo e do Pronaf estão com um crescimento muito forte agora no segundo semestre, quando foram liberados os novos recursos do Plano Safra”, afirma.

Outra linha em crescimento é a de micro e pequenas Empresas (MPEs). De janeiro a outubro, os contratos atenderam a uma demanda de R$ 255,1 milhões, gerando uma alta de 28,4%. “O crescimento nos segmentos como o MPE, no Agroamigo está, obviamente, também calcado na nova área de atendimento”, observa. 

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