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Crédito imobiliário impulsiona Caixa no 1º tri

Crédito imobiliário impulsiona Caixa no 1º tri
O nível de inadimplência da Caixa Econômica Federal ficou em 2,04% no primeiro trimestre de 2021, contra 3,14% registrados em igual período de 2020 | Crédito: Pilar Olivares/Reuters

Brasília – O lucro líquido da Caixa Econômica Federal no primeiro trimestre de 2021 foi de R$ 4,6 bilhões, alta de 50,3% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o banco público ontem.

Ao comentar o balanço do primeiro trimestre em videoconferência, algumas horas após a divulgação, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, comemorou o resultado “muito sólido” e “recorde de todos os tempos”.

Entre os maiores destaques dos três primeiros meses deste ano, a Caixa teve uma receita de R$ 9 bilhões com operações de crédito imobiliário, um aumento de 10,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Esse tipo de operação é responsável por 52,3% de toda a receita com operações de crédito do banco.

A Caixa registrou, no primeiro trimestre deste ano, um saldo de R$ 518,4 bilhões em crédito imobiliário, com 5,7 milhões de contratos e 68,2% de participação no mercado. Entre o início de janeiro e o fim de março, o banco fechou 134,8 mil novos contratos de financiamento imobiliário. Nesse ponto, o destaque foi a alta de 103,1% em um ano nos contratos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), cuja carteira chegou a R$ 16,2 bilhões.

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A carteira total de crédito ampliado da Caixa atingiu R$ 799,6 bilhões. Em relação às receitas, o banco registrou alta também em operações com o agronegócio (23,8%) e em créditos comerciais a pessoas jurídicas (6,3%).

As receitas com a prestação de serviços e tarifas no primeiro trimestre deste ano foram de R$ 5,7 bilhões, queda de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Nesse campo, as maiores reduções foram nas receitas com convênios e cobranças (25,1%), fundos de investimentos (7,2%) e conta corrente (7%). Por outro lado, as receitas com seguros subiram 376,3%.

“Já é um impacto do Pix, isso é um impacto real. E o impacto também que tivemos de algumas questões da volta do auxílio emergencial”, disse Guimarães sobre as causas da retração na receita com serviços e tarifas.

O banco destacou ainda que o retorno sobre patrimônio líquido, um indicador do nível de lucratividade, chegou a 16,33%, ante 15,18% registrados no último trimestre de 2020. O indicador, contudo, encontra-se abaixo do registrado nos três primeiros meses de 2020, quando era de 24%.

Inadimplência – O balanço da Caixa mostra ainda que o banco reservou R$ 2,54 bilhões em provisões para devedores duvidosos. Essa reserva serve para cobrir possíveis inadimplências. O valor é 3,4% menor do que o provisionado no trimestre anterior, mas 26,5% maior do que o registrado nos três primeiros meses do ano passado.

O provisionamento total do banco, que inclui outros riscos calculados, chega a R$ 34 bilhões, segundo o presidente da Caixa. “Mantemos provisionamentos elevados, é consequência sim da volta da segunda onda da pandemia”, disse Guimarães.

O nível de inadimplência do banco, que aponta dívidas não pagas há mais de 90 dias, ficou em 2,04% no primeiro trimestre de 2021, abaixo dos 3,14% registrados no mesmo período do ano passado, mas acima dos 1,73% no trimestre imediatamente anterior. Guimarães disse que o índice deve voltar a subir por ao menos mais seis meses, refletindo o retorno das cobranças em créditos que foram pausadas durante a pandemia.

De todo o balanço, o presidente da Caixa deu maior destaque ao aumento no crédito para micro e pequenas empresas (MPEs), cuja carteira atingiu R$ 49 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 125,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O banco possui cerca de 300 mil contratos com MPEs, e “ 70% delas não eram clientes da Caixa”, disse Guimarães. “No momento mais sensível para essas empresas nós estivemos juntos, ganhamos esses clientes, e isso reforça o papel social e matemático da Caixa”, acrescentou ele.

As Loterias Caixa, por sua vez, arrecadaram R$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre de 2021. Desse valor, cerca de R$ 1,9 bilhão foram transferidos a programas sociais do governo, em áreas como seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde. (ABr)

Banco Inter reverte prejuízo e atinge lucro de R$ 20,8 mi

O Banco Inter registrou lucro líquido contábil de R$ 20,8 milhões no primeiro trimestre do ano, revertendo prejuízo de R$ 8,4 milhões um ano antes, com forte crescimento em receitas totais e na base de clientes.

As receitas totais atingiram R$ 541,8 milhões no período, crescimento anual de 95%, influenciado pelas receitas de prestação de serviços, que aumentaram 113%, apoiadas particularmente pelas unidades Inter Shop e Inter Seguros.

A receita média por cliente (Arpu) do banco digital aumentou 8,5%, para R$ 190,80, enquanto o custo de aquisição de clientes atingiu R$ 27,76 por cliente, acréscimo de 14,4%.

O Inter chegou a 10,2 milhões de clientes nos primeiros três meses de 2021, crescimento de 106% ano a ano. Apenas de janeiro a março, foram abertas mais de 1,7 milhão de novas contas, crescimento de 98,3% em relação ao mesmo período de 2020.

O resultado bruto da intermediação financeira antes de provisões (NII), composto pelas receitas de operações de crédito, líquidas do custo de captação, somado às receitas financeiras, subiu 137%, para R$ 305,6 milhões.

A margem financeira líquida (NIM), porém, passou de 7,5% para 6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021.

O volume em depósitos à vista somou R$ 7 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 174%. O saldo médio em conta superou R$ 1,3 mil, afirmou o banco.

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 11 bilhões, quase o dobro na comparação ano a ano, enquanto a inadimplência foi de 2,6%, redução de 2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2020. (Reuters)

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