Déficit primário deve atingir R$ 46,3 bi

Brasília – O mercado financeiro melhorou as projeções para o resultado primário das contas do governo federal e para a dívida bruta em 2022, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado ontem pelo Ministério da Economia, com dados coletados até o dia 7 de abril.
De acordo com o documento, que capta projeções de agentes de mercado sobre as contas públicas, a expectativa para o resultado primário do governo central neste ano ficou em déficit de R$ 46,359 bilhões, ante rombo de R$ 64,153 bilhões projetados para o mesmo período no levantamento de março. Em fevereiro, a estimativa para o déficit estava em R$ 74 bilhões.
As projeções do mercado para o resultado primário refletem uma melhora nas expectativas para a receita líquida do governo neste ano, com ampliação de R$ 1,682 trilhão no relatório anterior para R$ 1,7 trilhão na pesquisa deste mês. Houve elevação menos intensa na estimativa da despesa total do governo, de R$ 1,731 trilhão para R$ 1,744 trilhão.
Os analistas consultados pela pasta reduziram a expectativa para a dívida bruta do governo geral em 2022 para 81,00% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 82,70% na pesquisa de fevereiro.
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As estimativas fiscais vieram melhores mesmo após o corte de PIS/Cofins de combustíveis, a redução de até 25% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o corte de tarifas de importação.
Para 2023, as projeções de mercado indicam déficit primário de R$ 33,738 bilhões no governo central, ante R$ 53 bilhões na estimativa trazida pelo relatório anterior. A dívida bruta no ano que vem, segundo os prognósticos, deve ficar em 83,95% do PIB, ante 85,10% previstos no mês passado.
Inicialmente, a divulgação do relatório estava prevista pelo Ministério da Economia para quinta-feira desta semana, mas a publicação foi antecipada em dois dias. A pasta informou que verificará a razão da alteração.
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