Finanças

Desembolsos do BNB aumentam 36,9%

Banco de fomento liberou R$ 1,2 bilhão na área da Sudene em Minas Gerais no primeiro semestre deste ano
Desembolsos do BNB aumentam 36,9%
Meta do Banco do Nordeste é desembolsar R$ 2 bilhões no acumulado deste ano em Minas Gerais | Crédito: Divulgação - Banco do Nordeste

Os desembolsos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para Minas Gerais continuam em alta. Entre janeiro e junho, o valor das contratações de crédito com o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) aumentou 36,9% e encerrou o período em R$ 1,2 bilhão. As estimativas para os próximos meses são positivas e a meta é encerrar o ano com o desembolso de R$ 2 bilhões ante a estimativa inicial de R$ 1,65 bilhão.

O aumento da meta se deve ao maior volume que será disponibilizado pelo Plano Agrícola e Pecuário 2022/23 e às melhores condições de acesso, principalmente, para a agricultura familiar.

De acordo com os dados do BNB, no primeiro semestre, considerando os setores, a maior demanda pelo crédito foi para a infraestrutura. Ao todo, foram R$ 392,4 milhões desembolsados, superando em 187,96% o valor registrado em igual intervalo de 2022.

Em seguida, veio a atividade agrícola, com demanda de R$ 254,4 milhões e crescendo 6,34% frente ao mesmo período do ano anterior. Para a pecuária, os desembolsos somaram R$ 369 milhões, 8,76% a mais.

Destaques também para o comércio, com um total de crédito liberado de R$ 76,2 milhões, representando um aumento de 8,24%. A demanda do setor de serviços cresceu 30,47% e somou R$ 54,7 milhões.

Para a indústria, as liberações cresceram 85,14% e encerraram o período em R$ 63,6 milhões. A demanda das agroindústrias avançou 43,15% e foram desembolsados R$ 9,6 milhões.

Segundo o superintendente estadual do BNB em Minas Gerais, Wesley Maciel, a demanda maior vinda do setor de infraestrutura se deve, principalmente, aos projetos para geração de energia limpa.

“Ao longo do primeiro semestre, nós continuamos aplicando bastante nos negócios de geração de energia limpa e conseguimos contratar algumas operações importantes que, pelo valor, acabam puxando o crescimento dos desembolsos, inclusive, ajudando o BNB a performar melhor”.

Ainda segundo o superintendente, é importante destacar que ao longo dos primeiros seis meses do ano, o BNB manteve o atendimento aos portes prioritários – micro e pequenos negócios – que são a missão principal do banco.

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“O banco continua com um foco muito grande nas micro e pequenas empresas e na agricultura familiar. Além de atender a Constituição, também estamos sensíveis à necessidade desse público, que tem mais dificuldade de acessar linhas de crédito e oferecer garantias”.

Segundo Maciel, o banco vem fazendo um exercício constante de desburocratização do acesso ao crédito e investindo em equipes e agências para atender os clientes.

“São várias frentes que o banco faz para que, mesmo com alguma dificuldade, o banco continue muito forte, especialmente, para atender esses públicos. Por isso, os desembolsos para a agricultura familiar, especialmente, a comum, e para as microempresas, puxaram bastante esse crescimento”.

Considerando os portes, para as microempresas foram liberados R$ 320,1 milhões no primeiro semestre, volume de recursos que ficou 1.220% maior, até o valor de R$ 24,2 milhões liberados no primeiro semestre de 2022.

Os recursos liberados para atender o pequeno-médio empresário chegaram a R$ 106,2 milhões, 19,76% a mais. Já para o pequeno empresário, o crédito aprovado recuou 5,91%, com a liberação de R$ 212,6 milhões. Os grandes empresários demandaram R$ 86,7 milhões, queda de 43,3%.

Expectativas positivas para o segundo semestre

Para o segundo semestre, as expectativas são positivas. A meta de desembolso das contratações de crédito com o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), antes em torno de R$ 1,6 bilhão em 2023, foi elevada para R$ 2 bilhões no Estado.

A alta poderá ser alcançada com o maior valor destinado ao Plano Safra 2023/24, que também facilitou as condições de acesso aos agricultores familiares.

“Já estamos trabalhando com o novo Plano Safra. Somente o BNB – em todas as regiões em que atuamos – vai trabalhar com R$ 20 bilhões, de julho de 2023 a junho de 2024. No ano atual, devemos colocar, só na agricultura, R$ 10 bilhões. O novo Plano Safra trouxe melhorias para agricultura familiar, ampliando o valor que pode ser contratado, o que vai incluir mais produtores. Além de ter mais recursos e condições de acesso mais fáceis. Esperamos superar R$ 2 bilhões somente em Minas Gerais, podendo o valor ser impulsionado pelas novas regras do Plano Safra, principalmente, para a agricultura familiar”, disse.

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