Finanças

Dia das Crianças: educação financeira também é um presente; economista dá dicas por idade

Saiba como adaptar o aprendizado financeiro a cada faixa etária e formar consumidores mais conscientes
Dia das Crianças: educação financeira também é um presente; economista dá dicas por idade
Foto: Reprodução/Adobe Stock

Neste Dia das Crianças, o presente pode ir além dos brinquedos. Que tal oferecer algo que vale para a vida inteira? A educação financeira infantil pode — e deve — começar ainda nos primeiros anos de vida. É o que defende o economista e escritor Carlos Eduardo Costa, que preparou uma série de orientações para ajudar pais e responsáveis a introduzirem o tema de forma leve, prática e adequada à idade de cada criança.

“Quanto mais cedo o contato com o dinheiro, mais natural será o aprendizado”, destaca. A proposta não é ensinar números ou regras complexas, mas despertar o interesse e desenvolver habilidades importantes, como tomar decisões, entender o valor das coisas e planejar o futuro.

Confira abaixo as dicas por faixa etária e transforme a Semana da Criança em um momento de aprendizado para toda a família.

De 0 a 3 anos: o dinheiro como brinquedo e experiência sensorial

Nesta fase, o foco é no contato lúdico com o dinheiro, sem cobranças ou conceitos difíceis. O importante é criar familiaridade e experiências positivas.

  • Cofrinhos coloridos e transparentes: ver o dinheiro se acumulando ajuda a criar uma noção visual de crescimento.
  • Moedas de plástico grandes: seguras e sensoriais, despertam curiosidade.
  • Músicas e histórias infantis: canções que falam sobre ganhar, guardar e compartilhar tornam o aprendizado natural e divertido.

De 4 a 8 anos: primeiros passos conscientes e noções de escolha

Agora é hora de mostrar que o dinheiro exige decisões. Crianças nessa idade estão prontas para compreender que não é possível ter tudo ao mesmo tempo e que cada escolha tem suas consequências.

  • Mesada educativa: sugerida em R$ 10 por semana, dividida em três partes: gastar, poupar e doar.
  • Cofrinhos com metas: incentive a criança a guardar para comprar algo que deseja. Isso ensina paciência e planejamento.
  • Brincadeiras de compra e venda: use brinquedos ou itens da casa para simular escolhas e trocas.

De 9 a 11 anos: consciência, planejamento e participação no orçamento

Nessa etapa, a criança já pode participar de situações reais e começar a entender como o dinheiro circula dentro da família. A ideia é desenvolver senso crítico e capacidade de planejar.

  • Definir pequenas metas de economia: como guardar dinheiro para um passeio, um equipamento eletrônico ou um jogo.
  • Comparar preços e qualidades: leve a criança às compras e mostre que nem sempre o mais caro é o melhor.
  • Envolver no orçamento doméstico: mostre os preços dos produtos, converse sobre os gastos da casa e explique como as escolhas financeiras são feitas.

Por que começar cedo?

A educação financeira não trata apenas de dinheiro, mas também de ensinar valores, paciência, responsabilidade e visão de futuro. Segundo Carlos Eduardo Costa, “aprender fazendo” é o segredo para que a criança cresça com confiança e autonomia em relação às finanças.

Começando cedo, é possível formar uma nova geração de consumidores mais conscientes e investidores mais preparados, desde a infância.

Dica final para os pais

Transforme o momento de brincar e conviver com os filhos também em um espaço de diálogo sobre dinheiro, mesmo que de forma leve. Assim, você estará preparando seu filho não só para o presente, mas para uma vida mais equilibrada financeiramente no futuro.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas