Economista dá dicas para evitar armadilhas e compras impulsivas no Dia dos Pais
As vendas para o Dia dos Pais devem movimentar R$ 1,76 bilhão no comércio varejista de Belo Horizonte neste ano, segundo levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH). Apesar da alta no consumo, especialistas alertam para os riscos das compras impulsivas. Nesse sentido, o economista Fernando Sette Junior, professor do curso de Gestão e Relações Internacionais do Centro Universitário Uni-BH, destaca a importância do planejamento financeiro.
“Muitos deixam para comprar em cima da hora e, consequentemente, acabam gastando por impulso ou se sentem pressionados a gastar mais do que podem. Essa decisão emocional, sem análise racional do orçamento, costuma levar ao uso do crédito de forma imprudente, o que pode gerar endividamento — especialmente em datas comemorativas”, destaca.
Para evitar prejuízos, o especialista recomenda antecipar as compras, o que permite comparar preços com calma e aproveitar promoções reais. “Comprar on-line pode ser mais econômico, já que as lojas virtuais têm menos custos fixos e mais competição direta de preços”, orienta.
Sette também alerta sobre o parcelamento: apesar de útil em compras de maior valor, ele só deve ser feito sem juros e dentro do orçamento mensal. “O grande problema, porém, é quando o consumidor acumula parcelas de várias compras diferentes e compromete sua renda futura”, pontua.
Estratégias de marketing podem ser armadilha para o consumidor
Na reta final para o Dia dos Pais, o professor chama atenção para estratégias comuns de marketing que podem enganar o consumidor. Entre elas, estão a elevação de preços dias antes da promoção para simular grandes descontos e mensagens de urgência, como “últimas unidades” ou “somente hoje”, que pressionam decisões rápidas. Ele também lembra que o “frete grátis” pode ter seu custo embutido no preço final do produto.
Para quem quer economia sem abrir mão da qualidade, o especialista sugere três boas práticas:
- definir um orçamento realista antes de qualquer pesquisa, mantendo esse limite sempre em mente;
- focar no valor simbólico do presente, e não no seu preço — presentes personalizados, feitos à mão ou que envolvam experiências (como cozinhar algo especial), muitas vezes têm mais impacto do que itens caros;
- usar recursos como cupons, cashback e plataformas de comparação para encontrar o melhor custo-benefício possível.
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