Dinheiro da aposentadoria não é suficiente para cobrir gastos, mostra pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Opinion Box, em parceria com a Serasa, revela que 64% dos brasileiros consideram o valor da aposentadoria abaixo do ideal e relatam que tiveram que diminuir seu padrão de vida. Além disso, entre os aposentados que permanecem no mercado de trabalho, cerca de 40% continuam trabalhando para pagar dívidas.
Para a apuração dos dados, foram entrevistados, neste mês, um total de 1.052 pessoas, entre aposentados e os que aguardam a aprovação para se aposentarem. Já a relação das informações coletadas foi divulgada em homenagem ao Dia do Aposentado, que é celebrado nesta sexta-feira (24).
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O levantamento ainda aponta que 23% dos entrevistados prestes a se aposentar (em até dois anos) admitem que não estão se planejando para a aposentadoria. Já 41% se planejam em parte, ou seja, podem ter iniciado um investimento, mas não seguiram à risca.
Além disso, 60% das pessoas que estão prestes a se aposentar só passaram a se organizar financeiramente nos últimos cinco anos. Já 37% dos aposentados admitem que não se planejaram para esse momento.
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“O trabalhador prestes a se aposentar precisa se planejar financeiramente, prevendo possíveis ganhos e gastos que devem ocorrer ao longo dos anos. Para quem já tem a aposentadoria, mas ainda possui dificuldades, o ideal é criar um controle financeiro e estabelecer um fluxo de acordo com a sua realidade”, observa o especialista em Educação Financeira do Serasa Experian, Thiago Ramos.
Trabalhar para complementar aposentadoria
Para 37% dos aposentados entrevistados, há algum tipo de dificuldade para manter as contas essenciais em dia. Por isso, 53% dos aposentados continuam trabalhando a fim de complementar a renda.
Além disso, 60% dos que recebem mensalmente a aposentadoria, já precisaram buscar crédito ou empréstimo para auxiliar nas despesas essenciais. Entre os principais gastos desse grupo estão alimentação e supermercado, saúde e remédios.
Segundo Ramos, a preocupação com a vida financeira também continua em evidência:
- 48% sentem instabilidade financeira,
- 45% sentem que têm maior risco de endividamento
- e 49% têm receio de precisar de ajuda.
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